15 localidades do Alentejo vão ter de imediato restrições ao uso de água. Reservas reduzidas leva a medidas de prevenção. Peixes das albufeiras do Divor e Pego do Altar podem ser transferidos
Quinze localidades do Alentejo vão ter de reduzir o consumo urbano de água imediatamente. Com o país numa situação de seca preocupante - principalmente na bacia hidrográfica do Sado -, vai ser obrigatório reduzir a rega dos jardins e hortas, passará a ser proibido encher piscinas e lavar carros, e devem ser encerradas as fontes decorativas nas localidades de Alcácer do Sal, Aljustrel, Alvito, Ferreira do Alentejo, Grândola, Santiago do Cacém, Sines, Viana do Alentejo, Almodôvar, Castro Verde, Redondo, Alandroal, Arraiolos, Arronches e Borba. Autarquias que terão a partir de hoje reuniões com as autoridades do Ambiente para colocar em prática as medidas.
Esta foi um das decisões da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca que ontem reuniu pela primeira e que aprovou várias medidas de prevenção e regulação da gestão da água que existe nas albufeiras nacionais, que estão, na sua maioria, cada vez mais vazias: segundo os dados de segunda -feira há 16 albufeiras com reservas de 40% ou menos da sua capacidade.
"A situação é cada dia mais preocupante, principalmente na bacia do Sado, mas parece claro que temos solução para ela", adiantou ao DN o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes. O governante salvaguardou que apesar de a atual situação de seca ser a pior desde 1995 "não vai faltar água nas torneiras. Não há restrições para o consumo humano. Aliás estão definidas as prioridades: primeiro os humanos, depois animais, regas agrícolas e piscinas, lavagens etc". E lembrou que a barragem de Alqueva está a dar uma ajuda - devido às suas ligações a albufeiras na região alentejana - a que o impacte da seca não seja tão visível na sua área de influência.