O ministro da Saúde afirmou, esta sexta-feira, que um governo responsável não pode ser confrontado com "situações de queima-roupa", como a ameaça dos enfermeiros pararem os blocos de parto, e disse que se tal acontecer terão de ser assumidas responsabilidades.
Em entrevista à agência Lusa, Adalberto Campos Fernandes falava a propósito da ameaça dos enfermeiros que, segundo a Ordem que os representa, poderão deixar de fazer partos em julho se não forem remunerados como especialistas
"Alguém compreenderá que se faça uma espécie de xeque-mate com uma ameaça de abandono dos serviços, se o problema não for resolvido amanhã, ignorando que há procedimentos legais, administrativos, orçamentais e até éticos?", questionou o ministro.
Para Adalberto Campos Fernandes, este é um problema "que tem décadas" e uma questão na qual "os sindicatos têm, inclusive, uma posição diferente da própria Ordem", a qual acusa de estar, nesta matéria, "a assumir uma posição sindical"