Pelo menos 150 pessoas morreram este domingo, na Síria, numa série de atentados reivindicados pelos jiadistas do Estado Islâmico, em zonas controladas pelo regime do Presidente Assad, enquanto Washington e Moscovo insistem na instauração de um cessar-fogo.
Homs, a terceira cidade do país, foi atingida pelo mais sangrento atentado ali ocorrido desde 2011, com 59 mortos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, uma organização não-governamental.
Estado Islâmico reclama duplo atentado em Damasco
Pelo menos 50 jiadistas mortos em Alepo
Pelo menos 57 mortos em atentado na Síria
No sul de Damasco, 83 pessoas foram mortas perto de um santuário xiita, num duplo ataque jiadista, noticiou a agência síria de notícias, enquanto o observatório contabilizou 96 mortos.
O enviado das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, emitiu um comunicado de condenação aos atentados.
Foi neste contexto, e apesar do fracasso das anteriores tentativas de decretar um cessar-fogo no país devastado pela guerra, que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, anunciou, no domingo, em Amã, "um acordo de princípio provisório" com a Rússia, sobre as condições para uma trégua, que "poderá começar nos próximos dias".
A multiplicação dos protagonistas, as divisões internacionais e o aumento do poderio do grupo extremista EI e da Frente Al-Nusra minaram os esforços para uma solução do conflito que fez, em quase cinco anos, mais de 260.000 mortos e obrigou à fuga de mais de metade da população do país.