O vocalista da banda Eagles of Death Metal, que tocava no Bataclan, em Paris, quando jiadistas abriram fogo sobre a audiência fazendo 90 mortos, defendeu que se toda a gente andasse armada, talvez o massacre não tivesse acontecido.
O músico norte-americano Jesse Hughes proferiu estas declarações esta terça-feira, ao regressar à capital francesa para atuar perante centenas de sobreviventes aos atentados de 13 de novembro.
França prolonga estado de emergência
Numa série de entrevistas emotivas, Hughes afirmou que as severas leis de controlo de armas de França "nada tinham que ver" com o ataque, mas interrogou-se sobre se o controlo de armas tinha salvado alguma vida naquela noite, no Bataclan.
"Acho que a única coisa que deteve o ataque foi que alguns dos homens mais corajosos que já vi na vida encararam a morte de frente empunhando as suas armas de fogo. Sei que as pessoas discordarão de mim... mas naquela noite, as armas tornaram-nos iguais", disse o músico de 43 anos à estação televisiva francesa iTele.
"Até que ninguém tenha armas, toda a gente tem de tê-las", sustentou.
Jesse Hughes -- membro da America's National Rifle Association -- disse, antes, à agência de notícias francesa, AFP: "Já não vou a lado nenhum nos Estados Unidos sem uma arma. Isso é horrível -- e eu não sou paranoico, não sou um 'cowboy'... só quero estar preparado".
Mas criticou o candidato à nomeação para as eleições presidenciais pelo Partido Republicano Donald Trump, a quem já tinha anteriormente expressado o seu apoio, por dizer que teria tentado lutar contra os atacantes do Bataclan, se tivesse uma arma.