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Autor Tópico: Envergonhava-se de entrar em campo porque todos os calções lhe ficavam grandes  (Lida 2001 vezes)

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Online henrike

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O calvário dos adeptos do Futebol Clube do Porto parece ter chegado ao fim – depois de muitos protestos e contestações ao treinador, lenços brancos nas bancadas do Estádio do Dragão e dúvidas face ao verdadeiro espírito de liderança de Pinto da Costa, tornou-se oficial: Julen Lopetegui já não faz parte da família azul e branca. São muitos os nomes em cima da mesa, mas sabe-se que o preferido é André Villas Boas, a quem o líder portista prometeu escrever o prefácio. Para já são meras especulações e desejos até ao veredicto final, no entanto há uma certeza – Rui Barros, o fiel portista de coração e salvador nas horas de maior aperto. No Dragão assume o cargo de treinador-adjunto mas conhece bem os cantos da casa. Desde que nasceu, numa freguesia rural de Lordelo, tinha o sonho de tornar-se um grande jogador de futebol. Chegou às Antas com apenas 17 anos e esteve para ser dispensado, não fosse a intervenção de António Feliciano, o treinador com olho para grandes talentos que fez ver aos responsáveis portistas o erro crasso que estavam a cometer. Tal como Villas Boas, o Futebol Clube do Porto foi sempre a sua cadeira de sonho, mas para a conquistar, Rui Barros tornou-se um estrangeiro pelo mundo. Foi emprestado à Juventus quando no balneário ninguém acreditou quando se foi despedir. Passou pelo Mónaco e Marselha, além da saudade deixou uma marca no futebol francês. De regresso a Portugal foi cobiçado por Sousa Cintra, na época Presidente do Sporting, que o queria a todo o custo. Fez sucesso no Varzim, gozaram-no quando chegou ao Sporting da Covilhã, tão pequenino e tão tímido. A altura nunca foi o seu forte, mas tinha um aliado de peso, Diego Maradona. Não se limitou a ser um mero observador, também correu atrás da bola e se corria. Começou por ser um pequeno grande Dragão até ganhar o estatuto de rato atómico, depois daquele golo fatal em Amesterdão contra o Ajax na primeira mão da Supertaça Europeia de 1988...

Julen Lopetegui já não é treinador do Futebol Clube do Porto. Quis encantar mas a magia saiu-lhe cara: trocas constantes de jogadores, a eliminação da Liga dos Campeões, a derrota em Alvalade depois de vários protestos por parte dos adeptos a pedirem a sua demissão, conheceu um final ainda em aberto. Com a saída do basco, discute-se quem será o novo treinador dos dragões. Até lá, Rui Barros, um nortenho de gema entra em serviço. É ele o homem esperado para comandar a equipa na visita ao Estádio do Bessa no próximo domingo frente ao Boavista. No papel é o treinador adjunto, mas agora assume as funções de treinador principal até novas ordens. Nada que assuste Rui Barros, aliás, não é a primeira vez que assume o papel de salvador da pátria – depois de Co Adriaanse ter abandonado o comando técnico dos portistas em 2006, Rui Barros levou a equipa à conquista da Supertaça frente ao Vitória de Setúbal por 3-0, antes mesmo de Jesualdo Ferreira ter assumido o papel de treinador principal.

De Lordelo ao Futebol Clube do Porto: o pequeno gigante com magia nos pés
A proeminência atingida por Rui Barros no futebol português e europeu enraíza-se num percurso tão diversificado como invulgarmente brilhante: chegou às Antas tinha apenas 17 anos onde se colocou a hipótese de ser dispensado, não fosse a intervenção de António Feliciano, o treinador com olho para grandes talentos que fez ver aos responsáveis portistas o erro crasso que estavam a cometer.

Nascido a 24 de novembro de 1965 em Lordelo, concelho de Paredes, Distrito do Porto, no seio de uma família humilde de oito irmãos, Rui Gil Soares Barros cedo se apaixonou pelo futebol. Cresceu com uma bola debaixo do braço que o acompanhava para todo o lado, muito antes de saber que um dia iria fazer magia com os próprios pés.

Era tão magro e pequeno que não segurava os calções
Rui Barros não teve uma infância fácil. Obrigado a abandonar os estudos, não conseguiu acabar o ensino preparatório e foi trabalhar com o pai e o irmão na oficina de móveis. Apesar do cansaço que o trabalho diário lhe causava, nunca descuidou do futebol. Aos 12 anos começou a jogar na equipa de iniciados dos Aliados de Lordelo, clube que acompanhava desde a infância. No Campo vibrava sempre que via Jaime Pacheco, o ídolo que viria a mudar-se para o Futebol Clube do Porto depois de contratado por José Maria Pedroto. Entre o trabalho e os treinos a que se habituara, Rui Barros começou a desenvolver uma técnica especial para o futebol, e acabou por mudar-se para o Rebordosa e mais tarde para o Paços de Ferreira. Foi precisamente durante a estadia na capital do móvel que Rui Barros deu nas vistas e foi abordado por dirigentes do FC Porto.

Pequeno e franzino – está a meio centímetro do metro e sessenta, Rui Barros tornou-se uma referência na equipa azul-e-branca, mas era tão pequenino que num dos primeiros treinos foi a piada dos colegas pois os calções do equipamento de iniciados que lhe tinham dado para a mão ficavam-lhe grandes. «Era muito pequenino e tinha umas perninhas muito magrinhas, ora o clube só tinha calções de uma medida única e eu metia-me lá dentro e ficava logo toda a gente a rir. Pareciam uns calções a andar. Quando entrava em campo, toda a gente ria. Eu ouvia-os e tinha vergonha, até porque, às vezes, só entrava a dois minutos do fim e nem tempo tinha para dar um chuto na bola».

«Mas é este o reforço que o Porto nos manda?»
Apesar de ter feito furor na equipa de juniores, a sua estatura não convenceu o treinador Artur Jorge, que achou por bem emprestá-lo a outros clubes para ganhar ´estaleca´ e dimensão física. Tinha como destino o Sporting da Covilhã, onde os dirigentes do clube pensaram que o Porto se enganara e lhes enviara um juvenil. «Mas é este o reforço que o Porto nos manda?», retorquiram incrédulos com a sua figura. Mas depois começou a jogar e depressa mudaram de opinião.

Depois de uma época com o clube serrano, Rui Barros regressou ao Porto com esperanças de vestir a camisola azul-e-branca, mas foi novamente emprestado, desta feita ao Varzim. Na Póvoa voltou a deixar marca, finalmente convencendo os dirigentes portistas que o resolveram chamar para fazer parte do plantel na época seguinte. Com Tomislav Ivic ao comando dos dragões, Rui Barros tornar-se-ia num dos jogadores mais brilhantes do futebol português.

Rato atómico e o encontro com Maradona
A sua velocidade vertiginosa fez furor e teria papel fundamental na vitória sobre o Ajax de Cruijff, quando em Amesterdão se jogava a primeira mão da Supertaça Europeia de 1988, um dos momentos altos da carreira de Rui Barros enquanto jogador. Foi dos seus pés que surgiu o único golo do encontro. ‘Rato atómico’ foi a alcunha final, que nunca fez tanto sentido.

No final do primeiro ano com a camisola azul e branca, Rui Barros despertou o interesse da Juventus e mais uma vez, quando foi ao balneário para se despedir, ninguém acreditou nele. Mas de facto Rui Barros partiu para Turim. Durante o período que viveu em Itália, o médio dos dragões venceu a Taça UEFA e a Taça de Itália. Em duas épocas, Rui Barros, o ´rato atómico´ como ficou conhecido, assinou 19 golos em 95 jogos.

Foi também em Itália, quando vestia a camisola da Juventus que, Rui Barros decidiu enfrentar ´El Pibe´. «Era um jovem, estava a despontar e, no final de um jogo pedi-lhe a camisola e se podia tirar fotos com ele. Disse-me que tinha afinidade comigo porque ambos éramos baixinhos e também por isso gostava da minha forma de jogar», contou Rui Barros para quem Diego Maradona contrariava toda a lógica do futebol. «Costumava dizer-se que a equipa é que faz o jogador. Com ele era ao contrário: sozinho fez uma equipa».

O outro português: Paulo Futre
No verão de 1990, Rui Barros mudou-se para o A.S. Mónaco de Arsène Wenger onde venceu a Taça de França e foi finalista da Taça dos Vencedores das Taças em 1992. Durante a estadia no Mónaco, Rui Barros viveu um conto de fadas, a começar pelos seus vizinhos – a Princesa Stéphanie, o grande Ayrton Senna e o alemão Boris Becker.

Na época de 1993/94 foi transferido para o Marselha onde teve Paulo Futre como companheiro de equipa. Ao lado do também português, Rui Barros prometia fazer história, mas o escândalo de corrupção que rebentou em Marselha deixou o pequeno génio com carta livre para mudar o seu destino.

A cadeira de sonho como André Villas Boas
Apesar do estatuto de estrela e de se considerar um estrangeiro pelo mundo, Rui Barros nunca renegou às suas origens, e acabou por regressar mais tarde ao clube de coração: o Futebol Clube do Porto.

Em 1994/95 e de dragão ao peito, Rui Barros viveu cinco temporadas memoráveis – sagrou-se Penta-Campeão, venceu duas Taças de Portugal e três Supertaças. A qualidade técnica e a genialidade do então jovem começaram a transbordar do seu futebol, e a sua baixa estatura começava a tornar-se um enorme trunfo perante os seus oponentes.

Pendurou as chuteiras mas não abandonou o futebol, principalmente a tão cobiçada cadeira de sonho que o Futebol Clube do Porto tão bem representou no reinado de André Villas Boas.



































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