O diplomata venezuelano Isaías Medina renunciou ao cargo de Ministro Conselheiro Permanente da Venezuela na ONU e acusou Caracas de violações dos Direitos Humanos.
Numa carta datada de 14 de julho, Medina expressou "divergências irreconciliáveis" com o Governo do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, e considera a atuação do Executivo "inconstitucional", sublinhando as "sistemáticas violações dos direitos humanos" e "crimes contra a humanidade cometidos contra civis durante os últimos 100 dias".
"A Venezuela merece ser um país para manifestar a liberdade de expressão", de respeito "pelo poder originário do povo, para exercer livremente o direito à manifestação pacífica e ao sufrágio", que elege os governantes "livres de coação e onde todos os atos respeitem a Constituição, explicou o diplomata, na mesma missiva divulgada em Caracas.
"Um país livre de censuras, de presos políticos, com separação de poderes e alternabilidade democrática, cheio de oportunidades" e onde "se respeite a vida" e "o Estado de Direito, a honestidade, a transparência e o direito a uma opinião diferente", afirmou.
O diplomata sublinhou a "renúncia irrevogável efetiva" ao cargo, acrescentando esperar o pagamento de "uma dívida de três meses" e "dos custos de regresso" à Venezuela, como previsto na lei.