O chefe de Estado-Maior das Forças Armadas francesas, setor que sofreu um corte orçamental imposto pelo presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou a demissão.
Em comunicado enviado à agência France Presse, Pierre de Villiers considera não ser mais capaz de garantir a sustentabilidade do modelo de exército em que acredita "para assegurar a segurança da França e dos franceses" e apoiar "as ambições do país".
Pierre de Villiers diz ainda que apresentou o seu pedido de demissão ao Chefe de Estado francês, que a aceitou.
A manutenção ou não do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas tinha agitado exército nos últimos dias, com o presidente Emmanuel Macron a multiplicar os apelos à ordem, depois das críticas de Villiers aos cortes anunciados para o orçamento da Defesa.
"Sempre pretendi, desde a minha nomeação, manter um modelo de exército que garantisse a coerência entre as ameaças que pesam sobre a França e sobre a Europa, as missões das forças armadas, que não param de aumentar, e os recursos e orçamento necessários", declarou o general Villiers, recordando que assumiu todas as responsabilidades do cargo durante três anos e meio.
"No mais estrito respeito pela lealdade, que nunca deixou de ser o alicerce da minha relação com a autoridade política e a representação nacional, senti que era meu dever partilhar as minhas reservas em várias ocasiões, em particular, com total transparência e verdade", acrescentou.