Estaleiros têm seis milhões de euros para obras urgentes de alargamento do cais, mas falta a autorização das Finanças
O Arsenal do Alfeite (AA) tem desde janeiro seis milhões de euros nos seus cofres destinados a obras de um ano e a concluir até setembro de 2018, para iniciar a reparação de submarinos. Mas, ainda com um concurso internacional por lançar, o DN sabe que continua a faltar a autorização das Finanças para usar o dinheiro.
A administração do AA escusou-se a comentar o caso, mas diferentes fontes da Defesa confirmaram o silêncio do Ministério das Finanças e a tensão crescente dentro da empresa. "O caso tem de ser resolvido nos próximos dias", frisou uma das fontes. "Já estamos a queimar as linhas todas", leia-se os prazos "já [foram] esticados", para poder cumprir o contrato de reparação do segundo submarino da Marinha, sob responsabilidade do fabricante alemão e a iniciar dentro de 14 meses, sublinhou uma das fontes do Ministério da Defesa, onde "está tudo tratado".
Os passos que têm de ser dados para esse efeito são vários e em diferentes palcos: publicação, no Jornal Oficial das Comunidades, do concurso internacional e com um prazo de 60 dias - a que eventualmente podem juntar-se mais uns quantos se houver recursos em tribunal de um ou mais candidatos derrotados. Seguem-se as obras, em que o intervalo de tempo a definir deverá variar entre "os nove e os 12 meses" - até setembro de 2018, insistiu uma das fontes. Está a pôr-se "em causa um projeto" qualificado pelo AA como essencial para a sua recuperação e internacionalização "e não é por falta de dinheiro", lamentou uma das fontes conhecedoras do dossiê.