Com o brexit, a companhia low-cost precisa de um certificado de operação aérea na UE. Portugal estava na fila da frente mas desistiu
Portugal era, a par da Áustria, um dos países mais bem colocados para receber a nova subsidiária que a easyJet vai criar na UE para fugir ao impacto do brexit. Mas desistiu devido às exigências feitas pela companhia aérea low-cost. A empresa britânica queria continuar a ter como último supervisor o regulador do Reino Unido, sabe o Dinheiro Vivo.
Durante o processo de negociações para obter um certificado de operação aérea em Portugal foi pedido à Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) que autorizasse ceder a sua posição de supervisor ao regulador britânico. Na prática, a ANAC, que regula a aviação em Portugal, abriria uma exceção para que a easyJet-Portugal pudesse responder perante o regulador do país de origem do grupo.
Foi a linha vermelha nas negociações que já duravam desde a segunda metade do ano passado. Os dois lados foram irredutíveis: a easyJet colocou esta questão como ponto de honra para avançar com o pedido de operação em território nacional; Portugal foi obrigado a retirar-se da corrida por entender que a autoridade do seu regulador jamais poderia ser cedida.