Finanças pagam ao FMI com dinheiro emprestado pelo Santander Totta após o acordo dos swaps
O Estado português vai chegar ao final deste ano com 50% das necessidades brutas de financiamento cobertas por dinheiro que ficará de parte em forma de depósitos, garante a Agência da Dívida Pública (IGCP) numa nota enviada aos investidores.
De acordo com as contas da IGCP, que é diretamente tutelada pelo Ministério das Finanças, de Mário Centeno, em 2018 vai ser preciso arranjar nos mercados financeiros mais 12,2 mil milhões de euros para pagar várias coisas: o défice do Orçamento do Estado de 2018 (apesar de estar a diminuir, as receitas ainda não chegam para cobrir as despesas, é preciso tapar um desvio de 5 mil milhões de euros), injetar capital em empresas públicas, outras entidades e obrigações várias (cerca de 2,4 mil milhões) e amortizar dívida aos credores com Obrigações do Tesouro (estimadas em 7,2 mil milhões de euros).
Os 4000 milhões que estão previstos pagar ao Fundo Monetário Internacional ainda não entram nestas contas porque os pagamentos antecipados ao FMI, um empréstimo mais caro do que todos os outros, dependem das "condições de mercado e da execução do plano de financiamento" da República.