Futuro vice-chefe do Exército será mais novo em antiguidade que os dois tenentes-generais demissionários.
Os pedidos de demissão e passagem à reserva dos tenentes-generais do Exército Antunes Calçada e Faria Menezes, oficialmente por divergências insanáveis com o seu chefe, evitou objetivamente que viessem a ser ultrapassados na carreira já em setembro por um oficial com menos antiguidade.
Essa seria a consequência direta da sua não escolha para o cargo de vice-chefe do Estado-Maior do Exército (VCEME), cujo titular cessa funções a 19 de setembro por atingir o limite máximo de 10 anos como oficial general. A sucessão do tenente-general Rodrigues da Costa foi abordada há dias pelo CEME com os restantes três generais de três estrelas: Antunes Calçada (comandante do Pessoal), Faria Menezes (comandante operacional) - ambos do curso do general Rovisco Duarte - e Fernando Serafino (Logística), o mais moderno deles.
Essa conversa terá ocorrido na reunião do Comando Superior do Exército (CSE) do passado dia 3, que antecedeu a dos comandos superiores do ramo - dominada pelo furto dos paióis de Tancos e pela decisão do CEME de afastar os comandantes das cinco unidades responsáveis pela segurança do local, em nome da transparência das investigações, conforme assumido publicamente pelo próprio na entrevista à RTP.