Signatários esperam reunião com o primeiro-ministro para debater soluções para a sustentabilidade do sistema público de saúde
Um manifesto "pela nossa saúde, pelo SNS". O documento, que contesta a atual política de saúde mais centrada no tratamento e menos na prevenção e promoção da saúde, é assinado por 101 profissionais de saúde e surge após uma carta enviada à secretária-geral adjunta do PS onde um grupo mais pequeno, de 25 signatários assumidamente defensores do atual governo, pedia uma reunião ao partido para discutir os resultados da saúde. Encontro, a par de outros, que aconteceu nas últimas semanas e voltará a repetir-se, desta vez com António Costa, para discutir possíveis soluções para a sustentabilidade do SNS.
"O manifesto é a dimensão política da carta que apresentámos aos partidos políticos e que apresentou os principais problemas - baseado em evidências estatísticas - da política de saúde. Passa a constituir a carta política pela qual este grupo se vai orientar nas suas futuras intervenções. Queremos dar um sinal à população que estamos preocupados e temos ideias para a saúde dos portugueses", diz Cipriano Justo, um dos 101 signatários e ex-subdiretor-geral da Saúde.
Entre os signatários estão o ex-bastonário dos farmacêuticos José Aranda da Silva, a ex-bastonária dos enfermeiros Maria Augusta de Sousa, ex-presidentes de secções regionais da Ordem dos Médicos como Rui de Oliveira, Jaime Mendes e Fernando Gomes, Correia da Cunha, que foi presidente do conselho de administração do Hospital Santa Maria e ex-coordenador da reforma hospitalar do atual governo, Rui Lourenço, ex-presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve, médicos, enfermeiros e representantes sindicais.