Marcelo Rebelo de Sousa vai ter no Conselho Superior de Defesa Nacional dois generais em rutura um com o outro: o chefe do Exército e um dos que se demitiram
A crise em curso no Exército agravou-se ontem com a demissão de dois dos seus quatro tenentes-generais por causa de decisões tomadas há uma semana, mas só deverá ficar clarificada com a intervenção do Presidente da República (PR) e do primeiro-ministro, admitiram ontem fontes ouvidas pelo DN.
Marcelo Rebelo de Sousa aceitará ter no Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN), já no próximo dia 21, o chefe do Estado-Maior do Exército (CEME) e um general que se demitiu por "divergências inultrapassáveis" com aquele, pela "[forma] inqualificável" como há uma semana exonerou cinco coronéis? Ambos foram nomeados pelo Chefe do Estado e comandante supremo das Forças Armadas com intervenção do governo, pelo que António Costa também tem uma palavra a dizer, adiantaram.
O PR ainda não comentou as demissões. Mas anteontem reconheceu que a sua atuação face ao ocorrido em Tancos foi "no limite" dos seus poderes - fazendo pressupor agora um perfil de intervenção mais baixo.