A ministra da Administração Interna disse que "foi feito um reforço da rede" para "obviar as falhas detetadas", mas não revela o quê
O Ministério da Administração Interna (MAI) não revela que "obrigações contratuais acrescidas" exigiu, "ao longo do último ano" à operadora da rede de comunicações de emergência SIRESP, para resolver as falhas identificadas no sistema. O DN enviou várias questões ao longo desta e da semana passada, sobre estas novas obrigações e a execução das recomendações feitas num relatório oficial do próprio MAI, sobre os problemas do SIRESP no incêndio do Sardoal em 2016, que não foram respondidas.
Em entrevista à RTP3, no dia 21 de junho, a ministra da Administração Interna afirmou que "ao longo do último ano foi reforçada, foram feitos imensos trabalhos. Foi renovado o contrato do SIRESP com obrigações acrescidas não só de manutenção, mas de reforço de rede, precisamente para obviar a falhas que foram detetadas nessa rede". Constança Urbano de Sousa, respondendo à pergunta direta sobre se isso queria dizer que "as falhas detetadas tiveram consequência e intervenção do MAI", responde que "tiveram, nomeadamente a nível contratual, com obrigações contratuais de reforço de rede e ao nível da manutenção".
Na entrevista DN/TSF, questionada sobre se essa "renovação de contrato"que tinha invocado teria "implicações novas" ou se era uma "aplicação da renegociação que tinha sido feita em abril de 2015 (pelo anterior governo) e depois ficou parada", a ministra afirma que "a questão da renegociação foi o preço pelas operações de manutenção. Outra coisa é a criação de obrigações contratuais acrescidas para a entidade gestora do sistema de manutenção, de reforços de rede e que, naturalmente o seu incumprimento leva a responsabilidade contratual desde já. E, portanto, isso está tudo contratualizado e uma das preocupações foi haver também um reforço, não só da rede, mas também de obrigações relativas à manutenção desta mesma rede".