Portugal tem seis milhões de utilizadores destas plataformas. Consumo das redes aumentou 9% em 2016
Quando o comediante António Raminhos publicou um vídeo a dizer que não se passava nada em Porto Santo (Madeira), uma turba de moradores caiu-lhe em cima no Facebook por considerarem o comentário idiota e inapropriado. Isto foi no início de junho, mas a polémica já foi soterrada por tantas outras controvérsias virais que nasceram e morreram em questão de horas, como a indignação por um direto de Judite Sousa sobre a tragédia em Pedrógão Grande ou o mistério da identidade de Sebastião Pereira (nome que assinou texto no jornal espanhol El Mundo sobre os incêndios em Pedrógão Grande).
"As redes sociais trouxeram uma plataforma para partilhar opiniões, mas, por causa do volume e da rapidez com que as coisas mudam, as notícias de hoje são velhas amanhã. O ciclo de informação é muito mais rápido", diz ao DN Victor Gaxiola, responsável da empresa de marketing digital Hearsay, em Silicon Valley. Este é um dos efeitos das redes sociais, cujo dia mundial se assinala nesta sexta-feira. O mercado é liderado pelo Facebook de Mark Zuckerberg, que tem dois mil milhões de utilizadores mensais ativos e é a mais utilizada em Portugal.
"Só no último ano registou-se um crescimento de 9% no tempo diário dedicado a estas plataformas", refere Vanessa Andrade, diretora de comunicações da agência ALICE da YoungNetwork. "O Facebook continua a ser a rede social com maior penetração junto dos portugueses, que passam cerca de 90 minutos diários, somando várias atualizações. Os jovens e as mulheres são os públicos que registam uma maior utilização das redes sociais", descreve. No total, há seis milhões de utilizadores destas plataformas no país, com LinkedIn, Instagram e Twitter também no topo das preferências.
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