A Austrália e os Estados Unidos reafirmaram posições comuns sobre o programa nuclear norte-coreano e pediram à República Popular da China para interceder junto de Pyongyang.
O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, assegurou que Washington e Camberra "falam a uma só voz" sobre a Coreia do Norte, após uma reunião em Sidney com os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da Austrália.
"A China e outros parceiros da região devem redobrar os esforços para resolver a situação de segurança que não ameaça apenas esta região (Ásia/Pacífico) mas sim o mundo inteiro", disse Tillerson em conferência de imprensa.
A chefe da diplomacia australiana, Julie Bishop, considerou que a Coreia do Norte mantém um "comportamento destrutivo".
A Austrália e os Estados Unidos apelaram à República Popular da China para resolver de forma pacífica e "de acordo com a lei internacional" as divergências territoriais que mantêm na região e, em particular, na zona meridional do Mar da China.
Pequim reclama a quase totalidade do espaço marítimo apontado como crucial para a navegação comercial e rico em recursos naturais e pesqueiros, e onde construiu instalações militares em ilhas artificiais.
Tillerson reafirmou o direito à liberdade de navegação e sobrevoo da zona e apesar de sublinhar as intenções de Washington em manter "uma relação produtiva" com Pequim mas instou a China a assumir responsabilidades como potência económica.
"Nós opomo-nos à construção das ilhas artificiais e à militarização (da área meridional do Mar da China)", acrescentou Tillerson.
"Não podemos permitir que a China utilize o seu poder económico para iludir os problemas seja a "militarização ou a Coreia do Norte", acrescentou o secretário de Estado norte-americano.
Na reunião entre Tillerson e o governo australiano foram também abordados outros assuntos como os conflitos no Iraque, Síria e Afeganistão e a luta contra o "terrorismo e o Estado Islâmico".
A reunião AUSMIN, um mecanismo criado há 30 anos para abordar assuntos para a política externa, defesa e estratégicos, realiza-se anualmente, mas em 2016, apesar de ter sido convocada, não foi organizada devido às eleições nos Estados Unidos e na Austrália.