A Coreia do Norte levou, este domingo, a cabo um novo teste de míssil, a partir da sua base de Kusong, a norte de Pyongyang.
Este é o segundo disparo de um míssil realizado pelo regime de Pyongyang em cerca de duas semanas e o primeiro depois da eleição de Moon Jae-In para a presidência da Coreia do Sul.
As autoridades sul-coreanas indicaram que o míssil, disparado às 5.27 horas, percorreu cerca de 700 quilómetros antes de cair no Mar do Japão, pelo que o ensaio terá sido bem-sucedido, considerando tratar-se de um míssil balístico, apesar de continuarem a proceder à análise dos detalhes do lançamento para determinar o tipo de projétil em causa.
O Presidente da Coreia do Sul, que tomou posse esta semana, afirmou que o lançamento norte-coreano constitui uma "clara" violação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e um "grave desafio" à paz e à segurança internacionais.
A Coreia do Sul está a "deixar aberta a possibilidade de diálogo", "mas devemos lidar de forma severa com a provocação para impedir erros de cálculo por parte da Coreia do Norte", afirmou ainda Yoon Young-chan, citando o chefe de Estado sul-coreano.
O Japão também já reagiu ao novo teste por parte da Coreia do Norte, com o primeiro-ministro nipónico, Shinzo Abe, a afirmar que é "absolutamente inaceitável" e que Tóquio vai responder resolutamente, tendo, entretanto, apresentado um protesto à Coreia do Norte através da embaixada do Japão em Pequim.
Shinzo Abe afirmou ainda que as autoridades estão a analisar as eventuais implicações do lançamento norte-coreano.
Pouco depois, a ministra da Defesa do Japão, Tomomi Inada, avançou a possibilidade de o míssil disparado por Pyongyang ser de um novo tipo, dada a altitude e a duração do seu voo.
Tomomi Inada explicou que o projétil voou aproximadamente meia hora e a uma altitude superior a 2.000 quilómetros, mas ressalvou a necessidade de mais análises para confirmar a possibilidade que avançou