Líder do PSD também criticou o partido por "chumbar Teresa Morais para "secretas"
O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou ontem à noite o PS de governar o país através de uma estratégia "assustadoramente infantil e primária", dando como exemplo as políticas que estão a ser desenvolvidas na área da Segurança Social.
Para o líder social-democrata, que falava no decorrer do jantar de tomada de posse da Comissão Política Distrital de Portalegre do PSD, naquela cidade alentejana, trata-se de um espetáculo "demagógico", estando o PS a "tratar" o país como se fosse uma "feira de gado".
"Não andamos neste espetáculo demagógico a tratar as pessoas, os portugueses, como um ministro deste Governo classificou a Concertação Social, como se isto fosse uma espécie de feira de gado. É assim que este Governo tem tratado o país, como se fosse uma feira de gado", acusou, lembrando o episódio protagonizado pelo ministro Augusto Santos Silva durante jantar de Natal do grupo parlamentar socialista.
Pedro Passos Coelho lamentou ainda que o país esteja a ser governado de uma forma "manhosa", acrescentando que a solução política encontrada à esquerda "não tem cimento" para construir uma agenda reformista para o país.
O líder do PSD também acusou o PS de ter "vetado" o nome de Teresa Morais para o cargo de presidente do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP).
PS 'chumba' candidatura de Teresa Morais para liderar fiscalização das "secretas"
"Não vale a pena pormo-nos aqui com rendilhados. O PS fez um veto político à doutora Teresa Morais, se se tratasse de andarmos a vetar uns aos outros, não havia deputados do PS no CFSIRP, nem em muitos outros órgãos que são eleitos a partir da Assembleia da República", disse.
Pedro Passos Coelho considera ainda que esta situação "mancha a folha" dos socialistas na governação.
"Este é, sem dúvida, um comportamento que eu acho que mancha a folha ao PS e que eu espero que se possa ultrapassar", afirmou.
"Se nós atuássemos com a pesporrência, com a arrogância que o PS se tem vindo a comportar nunca teríamos chegado a entendimentos para coisa nenhuma, nem teríamos eleito ninguém no Parlamento", acrescentou.
O líder parlamentar do PS afirmou ontem que a vice-presidente do PSD Teresa Morais não tem o perfil adequado para o cargo de presidente do CFSIRP.
PS considera Teresa Morais (PSD) sem perfil para presidir à fiscalização das "secretas"
Carlos César reagia às críticas feitas pelo líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, que horas antes acusara o PS de ter aberto "uma ferida profunda no relacionamento interpartidário" ao recusar o nome de Teresa Morais para suceder ao antigo vice-presidente social-democrata Paulo Mota Pinto no lugar de presidente do Conselho de Fiscalização das "secretas" portuguesas.
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Perante os jornalistas, o presidente dos socialistas respondeu que o PS "não é uma fotocopiadora" das propostas do PSD e, como tal, "não está obrigado na Assembleia da República a concordar com todos os nomes que lhe são propostos".No decorrer do jantar em Portalegre, Pedro Passos Coelho acusou ainda