A cerca de 40 quilómetros do santuário, a Nazaré tem os hotéis esgotados de peregrinos, mas os tão típicos "chambres" particulares parecem não ter lucrado muito com a visita do Papa.
"Ai senhor, andaram a pedir 2000 euros por quartos e eu só queria 30 pelo meu T1 e mesmo assim não consegui alugá-lo", lamenta Maria Ernestina, de 70 anos, todos eles passados na vila piscatória.
É uma das típicas nazarenas, que na marginal apregoa os "chambres, rooms e zimmers" a quem chega de fora. Ao JN, confessa que esperava mais da vinda do Papa. "Mas o lucro foi todo para os hotéis, mesmo a pedirem uma fortuna", lamenta.
A verdade é que por estes dias a típica vila regista uma ocupação hoteleira ao nível do pico do verão. "Tenho os quartos todos ocupados, e se mais tivesse, mais alugaria", diz Pedro Ruivo, proprietário da Residencial Salva Vidas.
O panorama é idêntico nas unidades hoteleiras e restaurantes, onde se ouvem falar diversos idiomas.
Depois da célebre onda de MC Namara, a Nazaré começou a andar nas bocas do mundo. "Olhe que já se alugam apartamentos a 150 euros aí dia no verão, mas com esta vinda do Papa a Fátima ainda se trabalha melhor", resume Pedro Ruivo.