Júlio Magalhães admite que recebeu uma mensagem para o telemóvel de alguém que acredita ser do Partido Socialista a sondá-lo para a possibilidade de poder ser candidato à Câmara do Porto, embora não consiga identificar o remetente. A abordagem, que havia sido anunciada por Marques Mendes e foi desmentida pelo PS, é agora confirmada pelo jornalista.
A mensagem terá chegado na sexta-feira à noite.
Ao JN, o jornalista afirmou que "o assunto morreu, é da esfera política".
Disse, ainda, que foi convidado ter sido várias vezes, tanto pelo PSD, como pelo PS, para ser candidato a algumas câmaras. "Desta vez, o que aconteceu foi apenas que recebi uma mensagem, não sei de quem foi e eu disse imediatamente que não", afirmou à SIC Notícias.
"A dedução que eu fiz foi que, naquela altura, ainda havia possibilidade de o Dr. Pizarro aceitar o convite do Dr. Rui Moreira. Portanto, achei normalíssimo e legitimo que alguém do PS, ou não, tivesse planos B. Pode ter mandado para mim como pode ter mandado para mais pessoas", acrescentou.
A mensagem, apurou o JN, foi enviada antes da reunião concelhia que aprovou Manuel Pizarro como candidato do PS ao Porto e depois da entrevista em que Rui Moreira assumiu a rutura com o PS.
Ontem, em declarações ao Observador, Tiago Barbosa Ribeiro, presidente do PS Porto, voltou a desmentir o convite. "Júlio Magalhães confirma o que sempre dissemos: não houve nenhum convite do PS para ser candidato à Câmara do Porto. Nenhum dirigente o fez, como foi confirmado, e seria caricato que qualquer candidato e qualquer autarquia fosse convidado por SMS. Mensagens anónimas não merecem credibilidade a ninguém, sendo parte de uma tentativa de desestabilização sem grande efeito. O caso está encerrado", afirmou.