O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu, esta terça-feira, o diretor do FBI, James Comey, que conduzia uma investigação às eventuais relações entre a sua equipa de campanha nas eleições de 2016 e a Rússia, anunciou a Casa Branca.
"O FBI [polícia federal norte-americana] é uma das instituições mais respeitadas do nosso país e hoje marca um novo ponto de partida para a agência referência do nosso sistema judicial", considerou Donald Trump num comunicado.
A Casa Branca vai "imediatamente" trabalhar para nomear um novo diretor do FBI.
Numa mensagem enviada a Comey, e tornada pública pela Casa Branca, Donald Trump comunicou ao até então diretor do FBI que a sua demissão tinha "efeitos imediatos".
Ex-procurador federal e antigo vice-secretário da Justice, James Comey, de 56 anos, esteve muito tempo ligado aos republicanos, mas foi nomeado pelo antigo presidente democrata, Barack Obama, para a direção do FBI.
Quando tomou posse, a 20 de janeiro, Donald Trump pediu-lhe que permanecesse em funções.
A notícia do afastamento do diretor do FBI surge também depois de a agência AP ter noticiado que o FBI tinha enviado uma carta ao Congresso a corrigir o registo das declarações feitas no testemunho de Comey sobre Huma Abedin, uma colaboradora de Hillary Clinton.
Na carta enviada hoje, o FBI diz que Comey expressou-se mal quando disse que Abedin tinha reencaminhado "centenas de milhar" de emails do portátil do marido, um antigo congressista Anthony Weiner.
O FBI disse que apenas um pequeno número de emails encontrados no portátil tinha sido reencaminhado e muitas das situações se prendiam com o "backup" de outros dispositivos eletrónicos.