A UGT pediu, esta quinta-feira, "números exatos" sobre número de trabalhadores abrangidos pelo novo regime das reformas antecipadas e sobre o impacto orçamental do regime para avaliar se tem "condições para fazer uma aproximação à proposta do Governo".
Carlos Silva, o líder da UGT, afirmou, esta quinta-feira, aos jornalistas, após a reunião com os restantes parceiros sociais e com o Governo para discutir o novo regime das reformas antecipadas, que o Governo "só hoje distribuiu em mãos um documento relativamente extenso" sobre esta matéria, em que apresenta as condições para alterar o regime sem "fazer perigar a sustentabilidade da Segurança Social".
REFORMA ANTECIPADA SEM PENALIZAÇÃO ACESSÍVEL A 18 MIL TRABALHADORES
Sublinhando que o Governo "não fez o levantamento exaustivo" sobre "qual é o universo de trabalhadores e quanto é que custa" as novas regras de acesso às reformas antecipadas, Carlos Silva disse que o executivo vai "fazer uma estimativa que será apresentada na próxima reunião", que deverá ocorrer a 16 de maio.
No entanto, o líder da UGT acrescentou que, segundo o Governo, o objetivo da organização sindical de permitir a reforma antecipada aos trabalhadores com 60 anos de idade e 40 de contribuições "estoirava o orçamento da Segurança Social e a curto prazo", na medida em que "custaria centenas de milhões de euros" e "no curto prazo".
Face a esta realidade, Carlos Silva entende que é preciso agora "ver quanto é que isto custa" para depois a UGT poder avaliar "se tem condições para fazer uma aproximação à proposta do Governo".
O sindicalista considerou que a documentação entregue pelo Ministério do Trabalho é "muito técnica" e disse que "os parceiros queixaram-se disso", defendendo que "acaba por ser um pouco redutor estar com um documento desta dimensão e com este enquadramento excessivamente técnico a discutir (soluções) do ponto de vista político".
Carlos Silva adiantou ainda que "números exatos em relação ao universo e a quanto é que custa só (deverão ser disponibilizados) na próxima reunião" e que os parceiros sociais terão agora "até quinta-feira" para "fazer chegar ao Governo um comentário a este documento e, naturalmente, contributos".