Trinta e seis pessoas morreram afogadas entre um de janeiro e um de maio deste ano, metade das quais no mar. Os restantes afogamentos ocorreram em rios, poços, tanques de rega, piscinas, valas e marinas.
Os dados foram divulgados, esta quarta-feira, pelo Observatório do Afogamento da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores, que assinalou que nenhum dos locais onde as 36 pessoas morreram - 28 homens e oito mulheres - tinha vigilância.
Segundo o relatório - cuja contabilidade dos afogamentos é feita a partir de notícias de jornais -, 47% das vítimas tinham mais de 50 anos e 39% eram de nacionalidade portuguesa, sendo que 21% eram cidadãos suecos, brasileiros, romenos, alemães, espanhóis e austríacos.
Na lista das causas determinadas para o afogamento incluem-se pesca lúdica, ritual religioso, tentativa de salvamento de cão, passeio junto ao mar, embriaguez e queda de carro ao rio.
Faro, Lisboa, Porto e Leiria foram os distritos onde ocorreram mais mortes, de acordo com o relatório.
O Observatório do Afogamento foi fundado em 2017 pela Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores, para "contabilizar as mortes por afogamento em Portugal, de forma a serem criadas estratégias de prevenção".