As forças iraquianas anunciaram, este domingo, que pretendem concluir a sua ofensiva contra o grupo extremista Estado Islâmico no seu bastião de Mossul, norte do Iraque, antes do final de maio.
O chefe do Estado-Maior da Defesa do Iraque, o marechal Uzman al-Ganmi, anunciou em comunicado que a batalha terminará num prazo máximo de três semanas, antes do Ramadão, o mês sagrado para os muçulmanos, que começa a 27 de maio.
Al-Ganmi afirmou que a etapa final das operações será lançada depois de se mobilizar mais tropas, sem fornecer mais pormenores.
Na semana passada, o comando da ofensiva afirmou que os terroristas ainda controlam cerca de 15% do território da metade oeste de Mossul, além da parte antiga, uma zona pequena mas densamente povoada e onde os terroristas se entrincheiraram.
Devido ao fim das operações no centro de Mossul e aos últimos atentados do EI nessa zona, a polícia federal anunciou hoje a substituição do comandante da sua 5.ª Divisão, o major Ali al-Lami, que será rendido pelo brigadeiro-general Luai, responsável pela área de explosivos.
O comando da polícia afirmou em comunicado que tem novos planos para irromper nas zonas ainda controladas pelos terroristas.
A milícia governamental Multidão Popular, liderada pelos xiitas, que até agora concentrou as suas operações nas comarcas a oeste de Mossul, pretende também participar na etapa final da ofensiva na cidade.
O comandante da brigada 14 da Multidão Popular, Omar al-Alaf, disse à agência espanhola Efe que o comando conjunto das forças iraquianas aprovou a sua participação na batalha e garantiu igualmente que o grupo que dirige terá um papel nos combates, que poderão começar "nas próximas horas".
A ofensiva em Mossul e na província de Ninawa está em curso desde outubro passado, tendo feito milhares de mortos e obrigado cerca de 400 mil pessoas a abandonar as suas casas.