Escolas de negócios da Nova e do Porto também figuram numa tabela mais alargada das formações específicas para executivos
Pelo segundo ano consecutivo, a escola de negócios da Universidade Católica - Católica Lisbon School of Business and Economics - figura no 38.º lugar na lista das 50 melhores instituições do mundo na formação de executivos, elaborada pelo jornal Financial Times. A nível europeu, a escola lisboeta, única representante portuguesa no ranking global, ocupa a 19.º posição.
A repetição dos resultados do ano passado é encarada como uma vitória por Francisco Veloso, diretor da escola, que lembra a crescente reputação em torno de uma das mais competitivas listas do mundo académico. "Vamos melhorando os diferentes indicadores mas vamos ficando muitas vezes no mesmo lugar em termos de posição porque esta é uma envolvência muito competitiva", diz. "Toda a gente está a melhorar e há novos competidores. São rankings globais e na última década tem aparecido uma série de escolas que também têm entrado nos rankings, nomeadamente da Ásia. Para nós, estar em 38.º a nível mundial e 19.º a nível europeu é um resultado extraordinário", defende.
Sendo uma classificação virada para cursos que dão formação a atuais quadros de empresas, o feedback dos antigos alunos - quando ingressam nos seus postos de trabalho - é um fator determinante nas classificações. E que torna a presença nesta lista particularmente apetecível. "É um sinal de valorização e reconhecimento dos nossos clientes", diz o diretor da Católica Lisbon. "Significa que os nossos clientes gostam do nosso trabalho. Por outro lado, porque este ranking tem indicadores internacionais, podemos ver que o nosso projeto tem uma projeção internacional muito boa."
Fora do top 50 mas também presentes numa listagem dos 85 melhores fornecedores de programas costumizados estão também a Nova School of Business and Economics, da Universidade Nova de Lisboa, e a Porto Business School, da Universidade do Porto. Nessa tabela, em que a Católica figura no 41.º lugar, as duas "perseguidoras" nacionais surgem seguidas, na 63.ª (Nova) e na 64.ª (Porto) posições.
Em comunicado, a Escola de Negócios da Nova sublinhou o facto de ter entrado no top 30 europeu ao nível da formação de executivos. "Foi considerada pelo Financial Times a 29.ª melhor da Europa nos programas abertos, em que subiu três posições integrando a seleção das melhores do mundo." Também nos programas costumizados figura em 29.º lugar entre as escolas europeias.
Acima da média nas citações
Para a Universidade Nova, no seu conjunto, a semana que passou acabou por ser muito positiva em termos de tops, com a instituição a conseguir destacar-se também no ranking de Leiden, que mede o impacto das publicações científicas. Nesta listagem, em que não contam as autocitações, a universidade lisboeta surge em 175.º lugar a nível europeu, 373.º a nível mundial e primeiro a nível nacional.
Mas para António Rendas, reitor da Nova, "mais importante" é o indicador da qualidade média das publicações, no qual pela primeira vez a instituição consegue um valor acima da média mundial de 842 universidades.
"No ano passado, apesar da crise, conseguimos dar pequenos incentivos financeiros para as instituições dentro da Nova que estavam a caminhar para concretizar os objetivos das produção científica", lembra. "Estes resultados permitem-nos retomar o processo."