Ayman al-Zawahiri, líder da al-Qaeda, pediu aos jiadistas que lutam na Síria para se unirem. Na mesma mensagem criticou o grupo Estado Islâmico por ser demasiado extremista.
"Devemos lutar pela união dos Mujahideen na Síria, para que seja libertada dos russos e das cruzadas ocidentais. A união é uma questão de vida ou de morte para vocês", disse al-Zawahiri, nomeado líder da al-Qaeda, em junho de 2011, após a morte de Osama Bin Laden, numa alegada mensagem de áudio, ainda não confirmada.
Atualmente, fruto do conflito que se vive na Síria, o Jabhat al-Nusra, um dos ramos da al-Qaeda, e o grupo Estado Islâmico são os dois principais grupos a combater tanto os grupos rebeldes, como as forças fiéis ao presidente Bashar Assad.
Na gravação publicada no passado domingo, mas já apagada, al-Zawahiri criticou o processo apoiado pela ONU com vista à pacificação da Síria, elogiando o trabalho da Jabhat al-Nusra que controla já grande parte da província de Idlib.
Na mesma mensagem foram lembradas as diferenças ideológicas com o Estado Islâmico, que do ponto de vista do líder da al-Qaeda, não passa de um grupo de "extremistas renegados", cujos seguidores acabarão por desistir das suas crenças e métodos.
O domínio da al-Qaeda na região tem sido colocado em causa pelo auto proclamado Estado Islâmico, que controla territórios na Síria e no Iraque, tendo igualmente ramificações na Líbia e no Iémen. Até 2013 a al-Qaeda e o Estado Islâmico eram parte do mesmo grupo, mas uma violenta luta pelo poder provocou a sua separação, com este último grupo a proclamar o seu próprio Califado.