Manuel Vasquez, de 72 anos, sobreviveu durante 13 dias preso entre duas paredes num edifício parcialmente destruído pelo terramoto que abalou o Equador.
Depois das equipas de busca terem presumido já terem encontrado todos os sobreviventes do terramoto, este homem de 72 anos foi retirado, com vida, dos escombros.
Foi encontrado por uma equipa de salvamento venezuelana, num edifício parcialmente colapsado, na cidade piscatória de Jaramijó. Estava desorientado e tinha perdido vários dedos.
Depois de quase duas semanas sem comida, Manuel Vasquez foi resgatado e levado para o hospital onde lhe diagnosticaram insuficiência renal grave, desidratação, problemas no aparelho urinário e necrose em ambos os tornozelos.
A equipa que resgatou Manuel, Fuerza de Tarea Humanitaria Simón Bolívar, fazia uma inspeção do risco na área quando ouviu sons. Imediatamente entraram no edifício e encontraram Manuel preso, conta o "The Guardian".
O sobrevivente continua no hospital, segundo informação divulgada este domingo pela Embaixada da Venezuela, em Quito, capital do Equador.
O pior terramoto a atingir o Equador em anos
O terramoto de 7,8 na escala de Richter, que atingiu o Equador no passado dia 16 de abril, matou mais de 650 pessoas, deixou milhares de feridos e dezenas de desaparecidos. Com aproximadamente sete mil edifícios destruídos, mais de 26 mil pessoas estão a viver em abrigos. A ordem nas áreas afetadas tem estado a ser garantida por uma equipa de 14 mil seguranças.
Desde o terramoto inicial, houve mais de 700 réplicas, causando pânico, mas poucos estragos adicionais. Espera-se que os abalos sísmicos secundários continuem por várias semanas. O vice presidente do Equador, Jorge Glas, descreveu o terramoto como o mais forte a atingir o país em anos.
Sobreviventes das zonas afetadas têm recebido comida, água e medicamentos por parte dos governos e dezenas de trabalhadores humanitários estrangeiros. No entanto, o presidente Rafael Correa admitiu que o mau estado das estradas tem vindo a atrasar a chegada de ajuda a algumas comunidades. O presidente estimou o custo dos danos entre os dois e os três mil milhões de dólares.