Sebastião ainda nada sabe e só há pouco tempo começou a reconhecer os pais e a palrar. Ainda muito pequenino, nem sonha o imbróglio burocrático que provocou, apenas por ter nascido longe de Portugal, o país natal dos pais.
O bebé veio ao Mundo a 4 de janeiro, no hospital de Auckland, na Nova Zelândia, para onde Marta Silvestre e Bruno Lopes se mudaram em abril de 2013, atrás de oportunidades profissionais que a Pátria materna não lhes proporcionou.
Três meses e meio depois, o menino ainda não tem documento de identificação e, por isso, não tem nacionalidade. Por isso, não consegue o passaporte para vir com os progenitores a Portugal "conhecer a família", principalmente a bisavó.
Depois de enviados, sem resposta, os necessários papéis, incluindo a certidão de nascimento, para o consulado português em Sidney, na Austrália, em fevereiro, Bruno usou as redes sociais para questionar em jeito de desabafado o nosso Governo.
"Que absurdo é este do meu filho nascer na NZ a 4 de janeiro mas ainda não ter passaporte para poder ir a Portugal conhecer a família". A publicação no Twitter acabou partilhada, esta semana, no Facebook.