A privação material severa em Portugal recuou de 10,6% em 2014 para 9,6% no ano passado, um valor que ainda assim permanece acima da média da União Europeia (8,2%).
Segundo o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (Eurostat), no ano passado 41 milhões de pessoas encontravam-se em situação de privação material severa no conjunto dos 28 Estados-membros, 997 mil das quais em Portugal.
997 mil portugueses em situação de privação material severa
O Eurostat observa que a proporção de pessoas na UE em situação de privação material severa tem vindo a descer desde o "pico" de 2012 -- altura em que atingiu os 9,9% da população da UE -, pois baixou para 9,6% em 2013, para 9,0% em 2014 e para 8,2% em 2015.
Em Portugal, a diminuição da taxa começou mais tarde, já que atingiu um "pico" de 10,9% em 2013, recuou ligeiramente no ano seguinte para 10,6% e fixou-se então em 2015 nos 9,6%.
Entre os países para os quais há dados disponíveis relativamente a 2015 - o Eurostat não tem os dados de sete Estados-membros -, as taxas mais elevadas registaram-se na Bulgária (34,2%), Roménia (24,6%) e Grécia (22,2%), e as mais baixas na Finlândia (2,2%), Holanda (2,5%) e Áustria (3,6%).
A definição de privação material severa abrange todos aqueles cujas condições de vida estão condicionadas por uma falta de recursos e que não podem, por exemplo, pagar todas as faturas, aquecer convenientemente a sua habitação ou passar fora uma semana de férias.