Um dos chefes militares do grupo que se designa por Estado Islâmico, conhecido como Omar, o Checheno, está "gravemente ferido", e não morto, como os EUA chegaram a admitir
A organização não-governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que dispõe de uma rede ampla de fontes na Síria, afirma que baseia esta informação em fontes internas àquele grupo na província de Raqa, que tem sido o bastião do autoproclamado Estado Islâmico (EI), situada no norte do país.
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Na terça-feira, um dirigente dos EUA, sob anonimato, afirmou que aquele combatente "provavelmente foi morto, juntamente com outros 12 combatentes" do grupo, num bombardeamento norte-americano, realizado em 44 de março, no nordeste da Síria.
Porém, as fontes do OSDH garantem que "a coluna (de veículos) de Omar foi de facto atingida pelos aviões da coligação dirigida pelos EUA, os seus guarda-costas morreram, mas ele ficou gravemente ferido, não morto", disse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, à AFP.
Omar "foi transportado da província de Hassaké (no nordeste) para um hospital na província de Raqa, onde recebeu cuidados de um médico do grupo (Estado Islâmico), de origem europeia", avançou Abdel Rahmane, especificando que o clínico é um "flebologista" (cirurgião vascular).
O porta-voz do Pentágono, Peter Cook, confirmou que um ataque tinha sido lançado contra Omar, mas recusou-se a avançar qualquer informação sobre a sua situação.
Conhecido pela sua espessa barba ruiva, Omar, que de facto se chama Tarkhan Tayumurazovich Batirashvili, é um checheno da Geórgia, avançou Cook.