O primeiro-ministro espanhol defendeu este sábado que, na nova etapa aberta sexta-feira em Espanha, "há que pôr fim ao espetáculo" político e exigiu ao líder socialista que o deixe governar se recusar a "oferta" de uma grande coligação.
A exigência de Mariano Rajoy foi apresentada num ato político do Partido Popular (PP) em Salamanca (centro-oeste de Espanha), horas depois de o pleno do Congresso ter "chumbado" a segunda votação para a tomada de posse de Pedro Sánchez como presidente do Governo espanhol.
"A nossa oferta continua de pé e, se não a quiser aceitar, pelo menos deixe governar quem ganhou as eleições, porque tem mais votos, mais apoios e a confiança da maioria de todos", disse Rajoy, dirigindo-se ao secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).
Para Rajoy, o acordo entre PP e PSOE, os dois partidos mais votados e ao qual se poderia juntar o Ciudadanos, "permanece de pé" e será o melhor para Espanha.
O presidente do Governo de Madrid insistiu na ideia de que, com a nova etapa aberta - a recusa em investir Sánchez -, há que "pôr fim ao espetáculo" político em Espanha, responsabilizando o líder socialista por ter feito perder um mês aos espanhóis.
"Riu-se dos espanhóis, ao protagonizar entrevistas, conferências de imprensa, reuniões clandestinas com a presença da televisão, outras secretas mas surgidas nas rádios e guerras de egos", frisou Rajoy.
"Há que pôr um ponto final a esta fantochada, ao enredo e à comédia", acrescentou o chefe do executivo espanhol em funções, defendendo que, a partir de agora, Sánchez e os restantes líderes devem ocupar-se com os interesses dos espanhóis e avançar com a recuperação económica e com a criação de emprego.