Estrangulado com um fio elétrico, de pés e mãos atados, coberto por vegetação junto a uma árvore. Os sinais de extrema violência no corpo de Rodrigo Santos, de 15 anos, desaparecido há mais de uma semana, em Portimão, e encontrado quarta-feira num terreno a escassos metros de casa, mudaram o rumo da investigação.
Joaquim Pinto, o padrasto, é, para já, o único suspeito do homicídio. A mãe foi ouvida pela Polícia Judiciária (PJ) e saiu em liberdade.
Sinais claros de violência indiciam homicídio de Rodrigo
O JN apurou que não foi constituída arguida por não terem sido encontrados indícios de participação ou conhecimento do crime, embora a família vivesse toda na mesma casa, ao contrário do que a mãe sempre disse aos jornalistas. Célia afirmou que estava separada do atual companheiro e que não havia problemas familiares.
Os inspetores não acreditam nesta versão nem que a morte tenha ocorrido no local onde o corpo foi encontrado. Nas imediações não há vestígios de sangue, nem quaisquer outros que apontem nesse sentido.
Rodrigo pode ter sido morto dentro de casa. Foi aí que a PJ esteve, ontem à tarde, durante quase duas horas a fazer uma reconstituição dos últimos passos do menor. Os investigadores estabeleceram um perímetro de segurança em frente à habitação e recolheram vários vestígios. Também levaram outros vestígios recolhidos no terreno, junto ao corpo, para eventuais comparações com objetos encontrados na casa.
A mãe do jovem, Célia Barreto, acompanhou parte da diligência da PJ. Tinha sido levada para a Judiciária por volta das 10 horas, cerca de uma hora depois de o corpo ter sido encontrado, e regressou a casa perto das 13 horas. Depois, voltou para o Departamento de Investigação Criminal de Portimão, para ser novamente ouvida, enquanto os inspetores concluíam a peritagem.
Ao final da tarde, Célia abandonou a PJ e foi levada pela GNR para casa de uma amiga, que ficou a tomar conta da irmã mais nova do Rodrigo, uma bebé de seis meses, sem querer falar aos jornalistas.