Pedro Passos Coelho garantiu, esta quarta-feira, que o início da remoção das medidas de austeridade pelo atual Governo é uma "espécie de prova dos nove" de que a política do executivo da coligação PSD/CDS "foi bem sucedida".
"Fomos nós, ainda no ano passado, que gradualmente começámos a remover as medidas de austeridade. Esse processo de remoção de austeridade é uma espécie de prova dos nove de que fomos bem-sucedidos", disse o presidente do PSD, em Bruxelas, numa intervenção no âmbito da sua candidatura à liderança do partido.
Para o ex-primeiro-ministro, se tivesse havido falhanço, "não era possível dispensar" as medidas de austeridade.
"Os atuais governantes removem políticas de austeridade porque isso é possível e é possível porque fomos bem-sucedidos", repetiu Passos Coelho, sublinhando que "o problema é saber se, com o afã de querer voltar essa página, não tropeçamos e não temos de voltar atrás".
Perante membros das secções do PSD de Bruxelas, Reino Unido, Alemanha, Luxemburgo e França, Passos Coelho defendeu a necessidade de atrair investimento estrangeiro para Portugal, mas deixou a questão de como convencer industriais a apostar num Governo que "depende no parlamento de forças políticas desconfiadas do sistema financeiro".
O líder 'laranja' questionou como "vender uma história" para dar confiança a investidores internacionais, com a "CGTP, que sempre se recusou a qualquer concertação social que validasse um processo de reforma estrutural, com o PCP, que tem uma posição de aversão à União Europeia ou com o Bloco de Esquerda, que tem combatido a ideia da Europa" defendida pela "grande maioria dos europeus".
Acerca da TAP, o antigo primeiro-ministro pediu mais explicações sobre o "processo de privatização que terá sido reconvertido".