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Autor Tópico: JOSE ALMADA - Concerto ao vivo em Viana do Castelo 82007)  (Lida 881 vezes)

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joevalve155

  • Visitante
JOSE ALMADA - Concerto ao vivo em Viana do Castelo 82007)
« em: 22 de Agosto de 2014, 16:31 »


José Almada surgiu no final dos anos 60 integrando uma corrente musical designada por baladeiros. Começou a cantar aos 18 anos, altura em que lançou o seu primeiro disco LP intitulado “Homenagem”, em 1970 com arranjos e direcção de Pedro Osório.

Actualmente, encontra-se a residir na praia do Furadouro, Ovar, e começa agora a reaparecer em público, após uma ausência de mais de 30 anos, mercê da acção da “blogosfera” e do impulso dos seus fãs.

Nasceu em Guimarães em 1951 e viveu os seus primeiros anos no Douro (entre a Régua e Lamego). Notabilizou-se também pelo cunho solidário e de preocupação social que imprimiu às suas composições musicais, de tal forma que para gravar um dos seus temas mais emblemáticos, “Mendigos”, foi viver durante uma semana com um mendigo, na Régua.

José Almada gravou, em 1970, o LP "Homenagem", com arranjos e direcção de Pedro Osório, para a editora ZIP-ZIP. É editado também o EP "Mendigo".

Grava o EP "Vento Irado" que é proibido pela Censura.

É mobilizado para o ultramar e regressa após o 25 de Abril. Em 1975 grava o álbum "Não, Não, Não Me Estendas a Mão" para a Decca (Valentim de Carvalho).

José Almada dá um grande espectáculo ao vivo intitulado "Concerto de Viana" em 2007 que nunca teve distribuição comercial existindo apenas uma gravação doméstica do concerto.

Em 2011 grava o CD "Sentimento Imortal", para a editora Metro-Som, com dez temas novos. Este cd pode ser encontrado à venda na Fnac ou através do próprio cantor.

Tenho a honra e o privilégio de ser amigo do Zé Almada e de sua esposa Margarida e estou devidamente autorizado a aqui colocar o tal concerto de Viana do Castelo 2007 para quem

quiser conhecer melhor parte da obra do cantor.

O José Almada é adepto ferrenho do Belenenses e sofre muito com o clube do seu coração.

Com a devida vénia transcrevo o que o blogue da esquina escreveu acerca do cantor:

No Verão de 1970, José Almada, então com 19 anos, publicou o seu primeiro disco em modo de apresentação. Tema: os mendigos.
Os mendigos?- perguntarão os intrigados do costume. Sim, os mendigos. Os pobres dos pobres, incluindo os de espírito e estado de vida social. Os que nada têm de seu e de nada precisam dos outros, a não ser a atenção caridosa que passa e mira de soslaio a condição de desgraça, deixando a esmola para a côdea ou para o alívio instantâneo do espírito recolhido em depressão habitual.
Só esta atitude de atenção a uma condição marginal do indivíduo, suscita a curiosidade do passante de escaparate que mira o disco, com capa a retratar um apartado da vida comum.
Nesse ano, no início da década de setenta, um tema tão obnóxio da corrente comum, suscita a atenção de uma editora recém criada, vinda de um programa de televisão de grande qualidade temática, técnica e de audiência. Um programa como poucos houve na televisão portuguesa. O Zip-Zip, nome do programa, animado pela tripla Carlos Cruz, Fialho Gouveia e Raul Solnado e realizado por Luís Andrade, passou durante todo o ano de 1969, de Maio a Dezembro, em plena esperança de mudança na configuração do regime político português da época. Por lá passaram alguns expoentes da cultura portuguesa da época, como Almada Negreiros que inaugurou o programa, ou Agostinho da Silva que foi entrevistado depois, ou artistas como Manuel Freire, da corrente musical que de repente surgiu com a designação de baladeiros.
O Zip, terminou em Dezembro de 1969, por esgotamento na luta contra a censura marcelista do regime, vinda do salazarismo que teimava em não se renovar social e politicamente, conduzindo, anos mais tarde, directamente à Revolução em 25 de Abril de 74.
Os Mendigos e José Almada, chegaram a ter encontro marcado no programa, frustrando-se o evento pelo fim prematuro do programa que iria marcar o futuro de décadas da tv portuguesa que nunca mais foi a mesma.
Mesmo assim, a gravação do primeiro disco de José Almada que continha o tema e ainda outros, com seis fachas de cada lado, intitulou-se Homenagem, sendo publicado pela editora Zip-Zip, com produção de arranjos, espantosa e sóbria de qualidade rara, de Pedro Osório.
O título tema, retoma uma Homenagem incerta, mas de conteúdo lírico, com peso literário de Fausto José, um escritor e poeta da vida de José Almada, tal como o seria o seu próprio pai, autor de letras cantadas e conteúdo que toca a alma. Uma alma da terra nossa, do nosso povo antigo e de tradições seculares.
Homenagem, toca o lirismo do paralelo entre os ricos e poderosos e os desvalidos que acabam por igual, numa campa. Rasa ou de mausoléu, unem-nos a essência do regresso ao pó e a ligação a essa lição fundamental, de raiz cristã ( memento Homine quia pulvi es...). Homenagem, traduz o espírito do essencial, no percurso do Homem: o destino final, percorrido em rituais diversos, mas de conclusões iguais e sem dissemelhanças.
Os temas restantes, no disco, abordam, todos eles, essa realidade insofismável da existência: somos todos mendigos por algo que não logramos alcançar, num destino comum, em que os animais irracionais, participam, em similitude de destino existencial.
A música de José Almada, original e com referências esparsas à música popular da época, numa economia de meios instrumentais, depurada e por vezes austera, compõe-se em melodias de efeito sonoro perfeito e de riqueza inventiva cativante.
A dicção das palavras cantadas, o estilo de cantoria e a junção da música ao lirismo profundo dos temas, tornam este disco, um dos mais fundamentais e importantes da música popular de sempre.
A potencialidade evocativa dos temas, com cadência marcada em acordes simples, atinge por vezes o sentimento de uma profunda corda interior que suscita a emoção pura de uma lágrima furtiva ou o adejo de uma nostalgia implacável que toca experiências vividas ou sentidas como reais.
A música de José Almada, não se explica em palavras correntes, senão por metáforas nem sempre conseguidas, de definição estilística rebuscada para atingir a simplicidade do óbvio: a qualidade superior da música composta em canção.
José Almada, por outro lado, experimentou a realidade de uma vida singular e que na altura da música de Homenagem, apenas tinha perspectivas de desenvolvimento incerto.
Almada descende de portugueses, enraizados no profundo de um Portugal, fundado em antiguidades que nos moldaram a vida comum, ao longo de séculos.
Na família alargada de José Almada, encontramos pessoas que conviveram com o fausto da nobreza, a riqueza dos privilégios régios ou o usufruto de heranças antigas e disputadas em lutas fratricidas e de recorte centenário.
A família e genealogia de José Almada convocam logo a curiosidade de um percurso no Portugal antigo e com raízes nos mais altos estratos de uma sociedade de classes ainda medievais e que surtiram pelos últimos séculos do nosso viver comum.
Esse património genético, alguma coisa deveria comportar, em estilo, modo, resquício de comportamento e educação.
A José Almada, tocou-lhe essencialmente, a herança de um património rico em lirismo, antigo, português, profundo e enraizado em poetas e escritores do nosso viver em comunidade organizada, desde o remoto séc XII.
É provável que o próprio nem se dê conta da herança notável, aceite sem declaração notarial e a benefício de património pessoal intangível, mas de riqueza assinalável. Porém, quem quiser pesquisar o acervo que o disco Homenagem denota nos seus temas, referências líricas, estilísticas, musicais e de simplicidade desarmante, encontra-a toda, lá, nos interstícios das suas canções e no estilo do canto que as anima.

O concerto de Viana do Castelo, em 11.7.2008, pelas 22h e 30.

Alinhamento das canções ( após audição da gravação do espectáculo):

1. Balada da neve - o poema bem conhecido de Augusto Gil, cantado em versão inédita.
2.Olha as ovelhas como são- do Lp Homenagem, uma das suas mais belas canções, em ritmo que adere ao ouvido interno. Letra de Jose Gomes Ferreira
3. Hóspede- do primeiro LP e a primeira canção que José Almada compôs, em gravação. Letra de Fausto José.
4. Vento Suão, do 2º LP e com letra de Fausto José, poeta já falecido e amigo de José Almada.
5. Oh pastor que choras, tema de José Gomes Ferreira, também cantado por Fausto, na mesma altura e que julgo superior a essa versão do autor de Rosalinda.
6. Em multidão, uma canção nova, em estreia, com letra de José Gomes Ferreira.
7. Cala os olhos, vagabundo, outra do primeiro LP e uma das grandes canções de José Almada, Fabulosa. Letra igualmente de jose gomes ferreira
8. Vento Irado. Igualmente do primeiro Lp, a canção mais triste e melancólica do cantor, com letra de Luis Corte-real
9. Os anjos cantam, também do primeiro LP e a minha canção preferida, actualmente. Ouço-a vezes sem conta, em todo o lado, principalmente a cantarolar. Uma canção de antologia, com poema de José Gomes Ferreira.
Terminou aqui a primeira parte do espectáculo.

Na segunda parte:
1.Casa abandonada, canção do irmão, Luís Almada , presente na sala e a quem foi dedicada.
2. Perdigão perdeu a pena, canção inédita, com letra de Camões.
3. Ah! Como te invejo, do segundo LP, Não, não me estendas a mão. Letra de Jose Gomes Ferreira.
4.Perdidamente, inédita e dedicada à mulher. letra de Jose Almada.
5. Homenagem, título do primeiro LP. Letra de Fausto José
6. Ah! Como odeio, também do segundo LP. Letra de Jose Gomes Ferreira
7. Pedro Louco, do segundo LP e com leve travo a Moustaki. Um sucesso de audição. Letra do próprio Jose Almada.
8. As aves cantam, do segundo Lp

Encore: Hóspede, Pedro Louco e Anda Madraço, esta de um primeiro ep e com letra do próprio.

O concerto está registado com um volume de som muito baixo mas é o que se pode arranjar.

Se ficarem com curiosidade acerca deste tipo de música simples mas baseado em poemas de elevada relevância na nossa cultura, ouçam os outros discos do cantor.


UM PEDIDO: para os "inteligentes" que se dedicam a sacar ficheiros da net e os publicarem noutros sites como sendo de sua autoria, por favor não o façam. obrigado

Só visivel para registados e com resposta ao tópico.

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« Última modificação: 01 de Outubro de 2014, 22:26 por sevla »

tuguinha10

  • Visitante
Re: JOSE ALMADA - Concerto ao vivo em Viana do Castelo 82007)
« Responder #1 em: 22 de Agosto de 2014, 16:47 »
Muito obrigado, vou ouvir com atenção um bem aja amigo.
Abraço

qwerty2014

  • Visitante
Re: JOSE ALMADA - Concerto ao vivo em Viana do Castelo 82007)
« Responder #2 em: 16 de Setembro de 2014, 16:58 »
Bom post! Obrigado

Offline isdalm

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Re: JOSE ALMADA - Concerto ao vivo em Viana do Castelo 82007)
« Responder #3 em: 17 de Setembro de 2014, 10:46 »
Obrigado. Vou recordar.

Offline rochacrimson

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Re: JOSE ALMADA - Concerto ao vivo em Viana do Castelo 82007)
« Responder #4 em: 17 de Dezembro de 2019, 01:11 »
Obrigado!!!