You Can't Win Charlie Brown apresentam novo álbum amanhã
O grupo português You Can't Win Charlie Brown apresenta no sábado, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, o álbum "Diffraction/Refraction", a editar na segunda-feira.
"Diffraction/Refraction" é o segundo álbum da banda portuguesa, com onze canções mais complexas e que refinam a sonoridade apresentada em "Chromatic", explicaram Afonso Cabral e João Gil, dois dos seis músicos, à agência Lusa.
"As primeiras músicas começaram a surgir depois de lançarmos o 'Chromatic'. Primeiro tivemos esse impulso de ir compondo e só depois é que vieram as perguntas de 'como alinhar o disco para ser uma coisa coesa'", referiu Afonso Cabral, vocalista.
Parte da identidade do grupo passa pelas harmonias vocais, sobretudo entre Afonso Cabral e Salvador Menezes, piano, guitarra acústica, pontuais melodias de guitarra elétrica e muitos pormenores com teclados e sintetizadores.
"Claro que não queríamos fazer a mesma coisa. Aliás, de música para música não nos queremos repetir muito e às vezes pode dar que as coisas fiquem desconexas, mas com o tempo fomos percebendo qual era a nossa identidade", explicou Afonso Cabral.
Durante o processo de composição do disco, os You Can't Win Charlie Brown foram convidados a tocar na íntegra, ao vivo, o álbum "The Velvet Underground & Nico" (1967), dos The Velvet Underground.
"Cada um só podia tocar um instrumento e isso ajudou-nos a encontrar algumas maneiras do nosso som crescer, sem empilhar os sons",a perceber as características de cada um", referiu o músico.
Os You Can't Win Charlie Brown tornaram-se visíveis em 2009, quando o tema "Sad Song" foi incluído na coletânea "Novos Talentos FNAC".
O mesmo tema integrou um ano depois o primeiro EP, homónimo, feito quando a banda ainda só era um quarteto: "Foi gravado em casa com um microfonezinho, com um som manhoso, mas é o que está".
Só mais tarde é que Tomás Sousa e João Gil se juntam a Afonso Cabral, Salvador Menezes, Luís Costa e David Santos (Noiserv) e surgiu a oportunidade de gravar e editar com a chancela independente Pataca Discos, do artista plástico e músico João Paulo Feliciano.
"Diffraction/Refraction", que tem na capa duas peças do artista plástico Rui Toscano e que remete para fotografia, volta a ser assinado pela Pataca Discos.
"Quisemos só dar o título depois de ver a capa, de ver o que é que a música sugeria para a capa. Pareceu-nos óbvio que podia ter dois nomes. Quando vimos a imagem percebemos que tinha que ter a ver com a fotografia, a imagem, aquele efeito das ondas quando refletem qualquer coisa. Podia ser aplicado ao nosso som", afirmaram os músicos.
O concerto de lançamento do novo álbum está marcado para sábado, 21:00, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.