A ANACOM regulou os preços máximos das chamadas de informação para números começados por 18. Os valores das ligações podem descer até 30%.
"O regulador considerou que estes serviços podem ter grande utilidade para os consumidores, pela facilidade e rapidez de utilização", lê-se numa nota da Autoridade Nacional para as Comunicações (ANACOM), que realça o facto de este tipo de números de informação permitir "por via áudio, uma experiência semelhante à da navegação na internet, o que é particularmente relevante para consumidores com necessidades especiais, caso dos invisuais".
A decisão da ANACOM vem em linha com o que já é praticado em países como Espanha, Reino Unido, França, Itália e Bélgica. E, ao estabelecer um preço máximo para os valores cobrados por estes números, faz com que o custo para o consumidor possa cair até 30%, dependendo da duração das chamadas, sendo a descida mais acentuada para quem faz as ligações a partir de redes móveis.
A ANACOM decidiu ainda regular a utilização do prefixo 18, que passa a ser usado apenas para "serviços informativos de carácter geral, como sejam a localização de farmácias, hospitais, horários de transportes públicos e outros serviços de interesse social ou público, complementares relativamente ao serviço informativo de listas telefónicas".
"A oferta deste serviço é livre e aberta a qualquer entidade, forma de garantir a concorrência neste mercado", adianta o regulador, que elenca entre as informações que podem vir a ser prestadas através destes números dados sobre horários de museus, igrejas ou serviços religiosos, restaurantes, teatros e cinemas, mas também "informação de proximidade de hospitais ou serviços de assistência médica, farmácias, esquadras das forças de segurança, tráfego, bancos, gasolineiras» e até «apoio na escolha de bens, serviços ou itinerários, bem como o serviço de marcação e reserva de bilhetes para transportes públicos, viagens, espectáculos, hotel, táxi e restaurantes".