Museu do Fado com programação especial este fim de semana
O Museu do Fado, no bairro lisboeta de Alfama, vai estar hoje e domingo com horário alargado e uma programação especial, no âmbito das celebrações do primeiro aniversário da proclamação do Fado como Património da Humanidade.
O Museu, no largo do Chafariz de Dentro, estará aberto hoje e domingo das 10:00 às 02:00.
Hoje de manhã «no percurso museológico» atuam os alunos da Escola de Guitarra do Museu. À tarde, a partir das 15:00, haverá fados com as atuações de Maria Amélia Proença, distinguida o ano passado com o Prémio Amália Carreira, Cristiana, Anita Guerreiro, José Manuel Barreto, Ana Sofia Varela e Miguel Capucho.
Os fadistas serão acompanhados por António Parreira na guitarra portuguesa e Guilherme Carvalhais na viola de fado.
Às 20:30 canta no auditório do Museu Cuca Roseta que integrou o elenco do filme «Fados», de Carlos Saura, e às 22:00 realiza-se um concerto de Paulo de Bragança, seguido da atuação de Gisela João, previstas para as 24:00.
No domingo, entre as 14:00 e as 18:00, haverá desgarradas com as duplas Conceição Ribeiro e Pedro Galveias, e Nuno de Aguiar e Luísa Soares, que serão acompanhados por António Parreira e Guilherme Carvalhais.
Paralelamente, no percurso expositivo do Museu estão patentes doze trajos e os respetivos acessórios de cena de fadistas, no âmbito da exposição «Com Esta Voz Me Visto ¿ O Fado e a Moda», cujo núcleo principal está aberto ao público desde quarta-feira no Museu do Design e da Moda, na rua Augusta, também em Lisboa.
O investigador Daniel Gouveia, em declarações à Lusa salientou o papel «catalisador» Museu do Fado no âmbito da candidatura.
O Museu, afirmou Daniel Gouveia, é «dinamizador da projeção futura do Fado em múltiplas vertentes» e «sede de todos os esforços da candidatura e não só», disse Daniel Gouveia, autor do livro «Ao fado tudo se canta?».
«Olhado inicialmente com alguma reserva por alguns fadistas profissionais e proprietários de casas de fado, que teceram críticas à sua existência e dúvidas sobre o seu papel; a vida e o dinamismo da instituição foi provando, ao longo dos tempos e independentemente da candidatura, que todo o universo do fado só tinha a ganhar».
«Custou, mas, um ano depois da candidatura aprovada, os fadistas veem ali a ¿sua¿ casa», rematou.