A União Europeia (UE) está "profundamente preocupada" e "alarmada" com a nova escalada de violência na Faixa de Gaza entre Israel e milícias palestinianas, apelando a um cessar-fogo imediato.
Numa nota divulgada esta quinta-feira, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, apela a "um cessar-fogo imediato e abrangente que ponha termo às operações militares israelitas em Gaza e aos atuais bombardeamentos contra Israel, que são inaceitáveis".
"A UE está profundamente preocupada com a grave escalada de violência que se verificou nos últimos dias em Israel e nos territórios palestinianos ocupados" e "profundamente alarmada com esta nova vaga de violência e com a deterioração da situação de segurança nos territórios palestinianos ocupados e em Israel, bem como com os acontecimentos em curso em Gaza e arredores, que causaram inaceitáveis vítimas civis, incluindo crianças", adiantou o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.
Saudando os esforços do Egito para o alívio de tensões, o Alto Representante adianta que a UE "continuará a trabalhar com todas as partes no sentido de restabelecer um horizonte político para as soluções de dois Estados e para a estabilidade da região".
O número de mortos nesta nova escalada entre Israel e as milícias de Gaza ascende a 28 palestinianos - 15 dos quais civis, incluindo seis menores - e 86 feridos, de acordo com números oficiais do Ministério da Saúde palestiniano.
Entre as vítimas mortais palestinianas estão cinco comandantes do grupo 'Jihad' Islâmica Palestiniana (JIP).
Do lado de Israel há o registo da morte de um homem de 70 anos, civil, vítima de um dos foguetes disparados hoje à tarde pelas milícias palestinianas.
A nova onda de violência, a maior entre Gaza e Israel desde agosto de 2022, começou terça-feira com ataques israelitas em território palestiniano, visando a JIP, uma organização considerada "terrorista" por Israel, pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos.
Hoje, o exército israelita afirmou ter atingido 166 alvos em toda a Faixa de Gaza, incluindo locais de lançamento de foguetes pertencentes ao grupo armado, e eliminado mais dois dos seus comandantes.
Desde o lançamento a partir de Gaza dos primeiros mísseis, quarta-feira, foram disparados 547 foguetes contra o território israelita, dos quais 175 foram intercetados pelo sistema de defesa aérea, segundo o exército israelita.