Os estudantes que têm ocupado escolas em protesto pelo "Fim ao Fóssil" assinalaram uma vitória, esta quinta-feira, na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Segundo os ativistas, a faculdade comprometeu-se a estabelecer medidas para a redução de combustíveis fósseis.
Durante os últimos três dias, os alunos da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) manifestaram-se pelo movimento "Fim ao Fóssil: Ocupa!". "Organizamos três assembleias, cinco rodas de conversa e duas estadias noturnas para sensibilizar e mobilizar estudantes contra a indústria fóssil", afirmam.
Na sequência desta ocupação, e depois de reunirem com a direção da faculdade, os alunos de Coimbra reclamam vitória, adiantando que a instituição comprometeu-se a "não obter parcerias futuras com entidades ligadas aos combustíveis fósseis, à abertura do programa pedagógico de sugestões da comunidade académica para que melhor se incluam neste os danos da Indústria Fóssil e, à solidariedade com o objetivo de melhorar as condições das residências e repúblicas".
Depois da vitória, os alunos que estavam há três dias a ocupar a Faculdade de Economia acabaram por desmobilizar. No entanto, alertam para a necessidade de continuar com as ocupações pelo país. "Perante esta situação, vemos como uma vitória a colaboração da FEUC, não obstante a necessidade de permanente vigilância da comunidade académica para que as promessas e memória desta luta estudantil não sejam esquecidas".
Desobediência civil
Na manhã desta quinta-feira, os estudantes também anunciaram que o diretor e dois subdiretores da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa "assinaram o compromisso público para participarem na ação de resistência" que irá ter lugar junto à refinaria de Sines no dia 13 de maio. E garantiram que o diretor "afirmou estar disponível para receber na Faculdade uma formação de desobediência civil de preparação para a ação".
Os estudantes prometem continuar a ocupar espaços até conseguirem as 1500 assinaturas que pretendem recolher em apoio à ação de bloqueio do terminal de gás de Sines que estão a preparar para o 13 de maio.