O patrão da SpaceX prometeu, esta quinta-feira, para daqui a "alguns meses" um novo lançamento da nave espacial Starship, a maior e mais potente, depois de o veículo ter explodido no ar poucos minutos após a descolagem no Texas, EUA.
"Aprendemos muito para o próximo teste de descolagem dentro de alguns meses", escreveu o magnata Elon Musk na rede social Twitter, felicitando as equipas da empresa pelo "formidável primeiro voo de teste", embora sem sucesso, na órbita terrestre.
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O veículo, formado por dois módulos integrados, a nave Starship e o foguetão Super Heavy, descolou pouco depois das 14:30 (hora de Lisboa) da base Starbase, da SpaceX, sob aplausos da assistência, mas explodiu no ar ao fim de quatro minutos.
As causas da explosão estão por determinar, mas os técnicos da SpaceX consideraram, ainda assim, que o teste de hoje, sem carga nem tripulação, foi bom.
Após alcançar uma altitude superior a 30 quilómetros, o veículo começou a balançar, perdeu orientação e explodiu.
Foi a segunda tentativa gorada de lançamento da nave e do foguetão juntos, para um primeiro ensaio de um voo orbital, depois de na segunda-feira um problema técnico ter impedido a descolagem.
Anteriormente, o protótipo da Starship fez testes suborbitais, a cerca de 10 quilómetros de altitude.
Juntos, o Super Heavy e a Starship têm 120 metros de altura e capacidade para transportar mais de 100 toneladas de carga.
O plano de voo de hoje previa que o foguetão se separasse da nave cerca de três minutos após a descolagem e caísse nas águas do Golfo do México.
Em seguida, a nave Starship ligaria os seus seis motores e continuaria a sua ascensão sozinha, até uma altitude de aproximadamente 150 quilómetros.
Depois de fazer pouco menos de uma volta à Terra, durante cerca de uma hora, a nave amararia no oceano Pacífico.
É com a Starship, concebida para fazer viagens à Lua e a Marte, que a agência espacial norte-americana (NASA) pretende levar em 2025 novamente astronautas para a superfície lunar, no caso a primeira mulher e o primeiro negro, ao abrigo do novo programa lunar Artemis.
Apenas astronautas norte-americanos, 12 ao todo e todos homens, pisaram a Lua, entre 1969 e 1972, no âmbito do programa Apollo.
Astronautas irão descolar de novo da Terra rumo à Lua a bordo de uma outra nave, a Orion, acoplada a um outro foguetão, o SLS, o mais potente da NASA mas menos potente do que o Super Heavy da SpaceX.
Depois de se separar do SLS, foguetão não reutilizável, a Orion seguirá em direção à órbita da Lua, onde se acoplará à Starship (previamente colocada na órbita lunar). A nave da SpaceX prosseguirá depois com parte da tripulação para a superfície da Lua.
A SpaceX quer que o Super Heavy e a Starship sejam totalmente reutilizáveis.
De futuro, o foguetão deverá pousar junto à sua torre de lançamento e a nave regressar à Terra com a ajuda de retrofoguetes, uma manobra que foi tentada várias vezes em 2020 e 2021.