O presidente francês "ouviu" tanto os protestos nas ruas contra a reforma das pensões que impôs aos franceses e sentiu tanto "a raiva" causada, que prometeu, na noite de segunda-feira, um conjunto de reformas em 100 dias. Cem dias, não são suficientes, protestaram as organizações patronais. Emmanuel Macron cedeu: até ao fim do ano, haverá um "pacto social".
O que vão dizer e fazer, até lá, os sindicatos, que faltaram ao encontro do presidente da República com os parceiros sociais, nesta terça-feira, mas no qual compareceram apenas as principais associações patronais. Até ao 1.º de Maio, quando as centrais sindicais esperam uma "mobilização excecional", nada dirão.
Na segunda à noite, Macron fez uma comunicação ao país acompanhada por 15,1 milhões de telespectadores de oito canais de televisão, segundo o diário "Le Monde", no rescaldo da promulgação da odiada reforma das pensões, que passa de 62 para 64 a idade de reforma. Os estudos de opinião dão-lhe uma popularidade inferior a 30%, nota a agência France-Presse.