Uma explosão perto do porto nipónico de Wakayama obrigou à retirada do primeiro-ministro japonês do local, quando este se preparava para começar um discurso, com as autoridades a fazerem uma detenção.
Fumio Kishida estava prestes a discursar num porto da cidade de Wakayama, a sul de Osaka, quando foi ouvida uma forte explosão.
A explosão ocorreu por volta das 11.30 (3.50 em Lisboa) e as autoridades detiveram uma pessoa, segundo os média locais.
Vários meios de comunicação social, incluindo a agência de notícias Kyodo informaram que um objeto semelhante a uma "bomba de fumo" tinha sido atirado, mas que não havia registo de feridos ou danos visíveis no local.
As filmagens televisivas mostraram pessoas a correr, depois o som de uma explosão, seguida de fumo branco.
Uma pessoa foi detida no local, no porto de pesca de Saikazaki, Wakayama, onde Kishida deveria fazer um discurso eleitoral, de acordo com a emissora pública NHK.
A NHK transmitiu imagens mostrando um homem no chão, a ser imobilizado e retirado do local, enquanto a multidão dispersava. O homem foi detido.
"Eu estava em choque. O meu coração continua a bater", disse uma mulher à NHK.
Outra pessoa disse à estação de televisão que o pânico na multidão começou mesmo antes da explosão, depois de alguém dizer que viu um dispositivo explosivo a ser atirado.
Kishida tinha acabado de provar peixe no local e estava prestes a dirigir-se à multidão, numa iniciativa de apoio a um candidato do seu Partido Liberal Democrático (LDP) na próxima eleição para a câmara baixa do parlamento.
"É lamentável que tal incidente tenha ocorrido no meio de uma campanha eleitoral, que é a base da democracia. Isto é uma atrocidade imperdoável", disse Hiroshi Moriyama, chefe da estratégia eleitoral do LDP, à NHK.
O Japão reforçou os dispositivos de segurança após o assassínio em julho do antigo primeiro-ministro Shinzo Abe, morto a tiro enquanto falava num evento de campanha eleitoral.
Este incidente acontece quando o Japão acolhe as reuniões ministeriais do G7 no norte e centro do país este fim de semana, com a cimeira dos líderes do G7 a realizar-se em Hiroshima, em maio.