Os bombeiros decidiram criar um comando nacional próprio, que irá funcionar em regime de voluntariado e terá atividades de "índole operacional". De acordo com o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, esta é uma "estrutura reconhecida pelos bombeiros", mas que não está dependente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. António Nunes garante que irá apresentar a estrutura ao Ministério da Administração Interna e que o seu desejo é que possa vir a ser integrada na coordenação da Proteção Civil.
"Desde o ano passado que estamos a fazer a constituição deste comando operacional dos bombeiros. É uma estrutura de caráter voluntário, ou seja, ninguém vai receber qualquer tipo de remuneração e destina-se a um conjunto de atividades de índole operacional", explicou ao JN António Nunes. O JN questionou o Ministério da Administração Interna sobre a decisão hoje confirmada pela LBP em comunicado, para saber o que pensa o Executivo sobre esta nova estrutura, mas aguarda resposta.
Duas das atividades que o novo comando passará a ter prendem-se com a "preparação de uma série de planos prévios de intervenção" e com questões relacionadas com a formação dos bombeiros. Ainda assim, nota António Nunes, estas atividades ocorrerão "sem ferir qualquer indicação daquilo que seja a coordenação da Proteção Civil". O comando nacional, revelou, terá como comandante José Beleza, dos Bombeiros de Barcelinhos. Acompanham-no dois adjuntos: o comandante Guilherme Isidro e o comandante Vitor Machado.