O governo norte-americano aprovou, esta segunda-feira, um projeto da empresa petrolífera ConnocoPhillips, localizada no norte do Alasca, que provocou uma forte oposição por parte de ambientalistas e algumas comunidades nativas, que afirmam que o investimento poderá acelerar o colapso climático e prejudicar a segurança alimentar na região.
O projeto, denominado de Willow, pretende produzir, no pico, aproximadamente 180 mil barris de petróleo por dia.
A aprovação do projeto foi recebida com indignação por ativistas ambientais e representantes nativos do Alasca, que afirmam que a medida põe à prova a promessa feita pelo presidente norte-americano, Joe Biden, de não permitir novas perfurações de petróleo e gás em terras que estão em espaço público.
"Aprovar o projeto Willow é um afastamento inaceitável das promessas do presidente Biden, ao povo americano sobre o clima e a justiça ambiental", referiu Lena Moffitt, diretora executiva da Evergreen, uma organização responsável pelas ações climáticas, citada pelo britânico "The Guardian".
A contínua adesão do governo à exploração de petróleo e gás, causou consternação entre democratas, que escreveram recentemente a Biden, alertando que o projeto Willow "representará uma ameaça significativa ao progresso dos Estados Unidos da América nas questões climáticas".
Este aumento da extração de petróleo e gás na região do Alasca já afetou mamíferos, tais como renas, que várias comunidades da região caçam para subsistência.
"O Willow é uma bomba carbónica que não podemos deixar explodir no Ártico", apelou Karlin Nageak Itchoak, diretor da organização não-governamental Wilderness Society.