A ex-gestora e a administração da TAP já foram notificados para poderem apresentar o contraditório.
O projeto de parecer da Inspeção Geral das Finanças sobre a indemnização de 500 mil euros atribuída à antiga secretária de Estado do Tesouro pela sua saída da TAP aponta para a existência de fortes irregularidades no processo, avança a SIC Notícias.
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Alexandra Reis e a administração da companhia aérea já terão sido notificadas da decisão, podendo agora apresentar o respetivo contraditório.
De recordar que, em fevereiro de 2022, a TAP comunicou à CMVM a saída da administradora Alexandra Reis, explicando que tinha sido a gestora a renunciar ao cargo.
Em dezembro, Alexandra Reis tomou posse como secretária de Estado do Tesouro, tornando-se pública a informação relativa à indemnização que recebeu na altura da saída da companhia aérea.
Numa declaração escrita enviada à Lusa, a ex-gestora disse que o acordo de cessação de funções "como administradora das empresas do universo TAP" e a revogação do seu "contrato de trabalho com a TAP S.A., ambas solicitadas pela TAP, bem como a sua comunicação pública, foi acordado entre as equipas jurídicas de ambas as partes, mandatadas para garantirem a adoção das melhores práticas e o estrito cumprimento de todos os preceitos legais".
"Nunca aceitei - e devolveria de imediato caso já me tivesse sido paga - qualquer quantia em relação à qual não estivesse convicta de estar ancorada no estrito cumprimento da lei", sublinhou, garantindo que "esse princípio se aplica também aos termos" da sua "cessação de funções na TAP"