Os portugueses gastaram quase 817 milhões de euros com a compra de medicamentos em 2022, uma despesa média de 82,80 euros por pessoa e que aumentou 7,4% em relação a 2021, indicam dados do Infarmed.
Segundo o relatório de monitorização do consumo de medicamentos nas farmácias comunitárias, em 2022, face ao ano anterior, os utentes tiveram um encargo de 816,8 milhões de euros com medicamentos, mais 56 milhões do que em 2021.
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A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) avança ainda que também a despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) subiu cerca de 137 milhões de euros no último ano (mais 9,6%) para um total de 1.567 milhões de euros.
Este aumento de 9,6% foi o maior dos últimos anos, com os encargos do SNS com os medicamentos em ambulatório a subirem pelo menos desde 2013, ano em que representaram uma despesa pública de 1.160 milhões de euros.
Verificou-se ainda um aumento de 1,3% do custo médio por embalagem, tendo sido dispensadas nas farmácias mais de 180 milhões de embalagens de fármacos, mais 12,5 milhões do que em 2021.
Só os antidiabéticos representaram um encargo para o SNS de mais de 378 milhões de euros, montante que aumentou 20,5% e que fez com que esta classe terapêutica tivesse um peso no mercado superior a 24%.
O relatório do Infarmed indica ainda que os medicamentos genéricos representaram uma quota de mercado de 49,3%, com um ligeiro crescimento de 0,6%.