A mulher que deu a cara pela luta da legalização da inseminação pós-morte em Portugal, Ângela Ferreira, anunciou esta segunda-feira que está grávida do marido que faleceu em 2019. Hugo criopreservou o sémen e, antes de morrer, manifestou a vontade que agora se concretiza.
"É com uma alegria enorme e com o coração cheio que hoje partilho que agora batem dois corações dentro de mim", anunciou Ângela Ferreira, no Instagram. A mulher não esquece que "foram anos de luta para aqui chegar", num processo "longo e doloroso" que finalmente teve sucesso.
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Hugo, marido de Ângela Ferreira, morreu em 2019, mas criopreservou o sémen e deixou escrito que queria que a mulher engravidasse dele, mesmo que ele morresse. A divulgação do caso abriu um debate nacional sobre a inseminação após a morte e mais de 100 mil pessoas assinaram a petição que obrigou a Assembleia da República a discutir a lei.
Após o veto do presidente da República, a nova lei da procriação medicamente assistida, conhecida como "Inseminação post mortem", entrou em vigor em novembro de 2021.