"OGrupo Wagner é uma organização criminosa que comete atrocidades generalizadas e abusos dos direitos humanos", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, aos jornalistas.
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Washington adiantou que "o grupo paramilitar tem cerca de 50.000" elementos destacados na Ucrânia.
O mesmo porta-voz avançou que ainda esta sexta-feira (20) o Departamento do Tesouro (equivalente ao Ministério das Finanças) vai anunciar novas sanções contra o grupo paramilitar russo pelo seu envolvimento na guerra na Ucrânia.
Kirby explicou que a designação do Grupo Wagner como uma organização criminosa transnacional abre uma série de possibilidades para continuar a sancionar este grupo e os seus aliados no mundo.
O porta-voz assegurou que o Presidente russo, Vladimir Putin, está cada vez mais a apoiar-se nos mercenários do Grupo Wagner na Ucrânia e que Washington vê "indícios" de crescentes tensões com o Ministério da Defesa russo.
"O Grupo Wagner está a tornar-se um centro de poder rival face às forças armadas russas e a outros ministérios russos", disse Kirby, referindo que os Estados Unidos estimam que entre os cerca de 50 mil operacionais destacados na Ucrânia, cerca de 40 mil são ex-condenados.
O porta-voz norte-americano explicou que o Grupo Wagner, empresa paramilitar privada, recruta guerrilheiros nas prisões russas.
Por outro lado, Kirby afirmou que a Coreia do Norte está a ajudar a Rússia nas suas atividades militares contra a Ucrânia, fornecendo armas e munições através de organizações como o Grupo Wagner.
Como tal, os Estados Unidos vão partilhar ainda hoje informações sobre as "violações" cometidas pelo regime de Pyongyang ao comité de sanções da Coreia do Norte do Conselho de Segurança da ONU.