A MONTANHA DOS MAGOSA MONTANHA DOS MAGOS
Claudiomar Barbosa Chagas
Naquela tarde igual a todas as outras, desci do ônibus apressadamente. Quando passei pela porta do edifício onde morava, uma folha de papel amarro-tada, empurrada pelo vento, teimou em seguir-me pela entrada do prédio.
Eu que acabará de ter aulas sobre ecologia, irritei-me com a falta de educação das pessoas que atiram lixo em qualquer lugar, sem pensar que aquele pedaço de papel á pouco tempo era um ser vivo.
Peguei o papel com a ponta dos dedos cuidando para não deixar cair os livros que trazia no braço, necessários para os meus trabalhos escolares.
Sem lugar para por o papel, enfiei na mochila antes que alguém resol-vesse falar que era eu que estava jogando lixo no corredor do prédio. Naquele momento em que aquele papel amassado resolveu seguir-me, não imaginava nas inúmeras aventuras que me proporcionaria.
Subia pela escada quando encontrei minha mãe, logo desfiz minha a-tenção no papel, esquecendo sua existência por algum tempo.
Quando retornei a noite ao meu quarto para dar começo a minhas ta-refas escolares, a primeira coisa que encontrei dentro da mochila foi o papel amassado de onde tirei a idéia pra redação que batizei por:
Um pedaço morto de vida.
Puxa! Eu que tinha certa dificuldade em escrever acabei surpreenden-do minha professora. Nunca recebi tantos elogios pela tamanha criatividade na criação de uma redação, o que me deu uma boa nota escolar.
Mas o que chamou mesmo minha atenção foi o que li escrito no papel, meus olhos brilharam intensamente, era a propaganda de uma fazenda colônia de férias.
Logo mostrei a minha irmã e ela a vizinha e toda a história desse livro, surgiu de um simples pedaço morto de vida solto ao vento. Um panfleto.
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