Vítima refere que ameaças começaram quando decidiu tirar carta de condução e mudar de emprego.
Um desempregado ameaçou matar a mulher com quem estava casado há quase 20 anos. Nalgumas situações prometia regá-la com gasolina e atear-lhe fogo. O agressor, que foi detido pela GNR, admitiu que agiu por ciúmes, depois de, durante o período de confinamento, ter constatado que a esposa passava muito tempo nas redes sociais. Já a vítima referiu que as perseguições e ameaças começaram quando decidiu tirar a carta de condução e mudar de emprego. O caso aconteceu em Lordelo, Paredes.
Os primeiros 17 anos de casamento decorreram sem grandes sobressaltos, mas os últimos dois revelaram-se um inferno para a empregada fabril, com 37 anos. Esta começou a ser perseguida e vigiada no local de trabalho. Quando chegava a casa era acusada de manter relações extraconjugais. Movido por ciúmes, o marido exigia ter acesso ao telemóvel da vítima, para ligar a todos os contactos realizados nesse dia. O objetivo era saber com quem a esposa tinha falado e qual o motivo da conversa.
Durante o período de confinamento imposto pela covid-19 o cenário de violência aumentou, porque o desempregado desconfiou que a esposa mantinha conversas através das redes sociais. Nessa altura, as ameaças de morte, algumas realizadas em frente aos dois filhos, intensificaram-se, o que levou a vítima a apresentar queixa. O caso passou, então, para o Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas de Penafiel da GNR que, na sequência das diligências efetuadas, deteve, na quinta-feira, o agressor. Após ter sido interrogado, este foi libertado, mas proibido de contactar a esposa.